Maduro e presidente da Guiana encerram reunião com aperto de mão

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, encerraram a reunião para discutir a disputa por Essequibo, realizada hoje, com um aperto de mão.

O que aconteceu

O presidente da Guiana disse que o país "tem todo o direito" de explorar "seu espaço soberano", em entrevista a jornalistas após o encontro com Maduro. Essequibo, que faz parte da Guiana, é administrada por Georgetown e reivindicada por Caracas.

O governo venezuelano classificou a conclusão do encontro como "respeitosa" e manifestou disposição em continuar o diálogo. A afirmação foi feita em postagem nas redes sociais junto à foto dos líderes se cumprimentando.

A área de 160 mil quilômetros quadrados é rica em petróleo e em recursos naturais. A disputa é centenária, mas o litígio ganhou intensidade em 2015, depois que a empresa petrolífera americana ExxonMobil descobriu grandes reservas de petróleo bruto na área.

O encontro foi promovido pela Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos Caribe) e pela Caricom (Comunidade do Caribe) em um momento de grande tensão sobre a antiga controvérsia territorial entre os dois países.

O Brasil enviou Celso Amorim, assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, para o encontro. Amorim aparece de terno branco em uma das fotos publicadas por Irfaan Ali na rede social X.

Hoje, o presidente da Venezuela divulgou uma imagem que mostra um "mapa completo" do país, incluindo uma área da Guiana que o governo busca anexar. A imagem aparece na edição de hoje da revista Cuatro F, do Partido Socialista Unido da Venezuela. A edição 390 da publicação foi compartilhada por Maduro nas redes sociais.

Disputa por Essequibo se acirrou; relembre

No início de dezembro, Maduro convocou um referendo consultivo, que aprovou a criação de uma província venezuelana na região. A consulta foi sobre a concessão da nacionalidade a seus habitantes. O Brasil, que defende uma solução pacífica, anunciou a decisão de reforçar a presença militar na fronteira.

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A Guiana considerou a consulta uma "ameaça direta". O país levou o caso ao Conselho de Segurança da ONU e anunciou contatos com "aliados" militares, incluindo o Comando Sul dos Estados Unidos, que organizou exercícios militares em Essequibo.

* Com informações da AFP

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