Rainha Margarida larga trono e príncipe assume sob boato: o novo casal real

Depois da renúncia da rainha Margarida 2ª, a família real da Dinamarca virou o centro das atenções na mídia internacional. Além das questões da abdicação do trono, os membros da monarquia estão envolvidos em histórias de "contos de fada", tradução de livros em pseudônimo e muito mais.

Rainha popular e envolvida com as artes

Margarida 2ª, de 83 anos, disse que a cirurgia nas costas, em 2023, foi um fator decisivo para abdicar do cargo.

Ela foi a primeira rainha da Dinamarca em mais de 500 anos. Antes dela, Margarida 1ª tinha ocupado o cargo entre 1375 e 1412.

Até então, ela era a chefe de estado mais antiga —depois que sua prima, a rainha Elizabeth 2ª, morreu— e é muito popular, com índices de aprovação de mais de 80%.

Marido da rainha morreu em 2018. O príncipe Henrique nasceu em 1934 na França e se casou com Margarida 2ª em 1967.

Rainha Margarida 2ª renunciou ao cargo
Rainha Margarida 2ª renunciou ao cargo Imagem: Morten Abrahamsen

A rainha possui uma forte ligação com atividades artísticas, como pintura, costura, desenho e literatura. Com a abdicação, ela pretende se dedicar aos passatempos.

Margarida 2ª chegou a participar de traduções de livros, sob pseudônimo, incluindo a obra "Todos os Homens São Mortais", da filósofa Simone de Beauvoir, para o dinamarquês.

Ela já ilustrou diversas publicações e teve suas obras expostas em museus do país e do exterior. A rainha também trabalhou como figurinista e cenógrafa, no Royal Danish Ballet e no Royal Danish Theatre.

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A rainha deve aproveitar o momento para passar o tempo livre no castelo da família, que fica localizado em Luzech, na França. O Château de Cayx pertence à família real dinamarquesa desde 1974.

Princesa Maria e príncipe Frederico: história de conto de fadas

Príncipe Frederico e princesa Maria, no casamento
Príncipe Frederico e princesa Maria, no casamento Imagem: Getty Images

O filho da rainha, o príncipe Frederico, 55, assumirá a função ao lado da esposa, a princesa Maria, 51, no dia 14 de janeiro.

A história do casal é um verdadeiro "conto de fadas". Os dois se conheceram em um pub em Sidney, na Austrália, em 2000, durante os Jogos Olímpicos de Verão. Maria contou que assim que o conheceu, não sabia que Frederico era um príncipe. Depois de quatro anos, eles se casaram.

O casal, aliás, tem quatro filhos: príncipe Cristiano, princesa Isabel, príncipe Vincente e princesa Josefina. A família mora no Palácio Frederico 8º, em Amalienborg, mas também passatempo no Palácio Fredensborg, a casa de primavera e outono da realeza dinamarquesa.

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Futura rainha é australiana e apoia pautas progressistas

Princesa Maria em visita ao Brasil, em 2012
Princesa Maria em visita ao Brasil, em 2012 Imagem: Alex de Jesus /O Tempo / Agência O Globo

A princesa Maria nasceu em Hobart, Tasmânia, estado australiano, e a história tem gerado manchetes chamativas e uma extensa cobertura na mídia local, segundo reportagem do The New York Times.

Ela é formada em Economia e Direito, além de ter pós-graduação em Publicidade. A princesa já trabalhou como gerente e diretora em várias agências de publicidade na Austrália antes de se mudar para a Dinamarca.

Maria é internacionalmente conhecida —e aclamada entre os observadores— por seu compromisso explícito com causas progressistas, incluindo defesa das mudanças climáticas, pautas LGBTQIA +, assim como os direitos das mulheres e crianças.

Nem tão conto de fadas assim...

Em novembro de 2023, Frederico foi alvo de críticas por um suposto caso com a socialite mexicana Genoveva Casanova. A revista Lecturas publicou uma reportagem com fotos do futuro rei com a Casanova, em Madrid.

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A família real afirmou que não comentaria o que chamou de "rumores ou insinuações". Frederico e Maria não se manifestaram desde então. Já Casanova classificou a história como "maliciosa" e "falsa".

Futuro rei tem "mente aberta" e já fez Ironman

Príncipe Frederico será o próximo rei da Dinamarca
Príncipe Frederico será o próximo rei da Dinamarca Imagem: iStock

O príncipe Frederico, assim como a esposa, abraça as causas das mudanças climáticas e é visto como "mente aberta". Após uma viagem para a região do Ártico, ele contou que era seu dever pessoal falar abertamente sobre o assunto.

Ele se formou na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e embarcou numa extensa carreira militar, servindo no exército, na força aérea e na marinha, onde fez parte da unidade de elite marítima.

Frederico também ficou conhecido por sua dedicação ao preparo físico, tendo corrido maratonas e completado uma competição de Ironman.

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