Mistério no mar: agentes de tropa que matou Bin Laden somem em ação secreta

Dois militares do grupo de elite da Marinha dos Estados Unidos (SEALs), responsável pela execução do terrorista Osama Bin Laden em 2011, estão desaparecidos em uma região próxima da Somália. A tropa de elite participava de uma operação secreta para apreender armas iranianas destinadas ao grupo Houthis, do Iêmen.

O que aconteceu

Os dois agentes se preparavam para entrar em um navio no Golfo de Áden, no último dia 11. O mar estava agitado e toda a estrutura balançava fortemente, a ponto de fazer com que um deles escorregasse de uma escada e caísse no mar.

Outro militar viu e pulou na água para tentar salvar o marinheiro. Segundo o jornal americano The Washington Post, não existe a confirmação se outros agentes conseguiram embarcar no navio com sucesso e se alguma arma de fabricação iraniana foi localizada.

Equipes de busca e resgate começaram as operações para encontrar os marinheiros. Segundo o governo americano, nas águas quentes do golfo, as ondas são mais fortes e a exaustão também. Esta era uma preocupação maior do que com uma possível hipotermia que os militares poderiam sofrer. O comando da Marinha acredita que vão encontrar os dois vivos. As identidades deles não foram divulgadas.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional John Kirby disse que esse é um trabalho contínuo dos militares para acabar com o tráfico de armas do Irã para o Iêmen. No mesmo dia do desaparecimento, houve ataques aéreos liderados pelos EUA contra as instalações dos Houthis, mas o governo descartou qualquer possibilidade de relação entre os dois episódios.

Biden acusa grupo por aumento de violência

O governo classifica o desaparecimento dos dois marinheiros como acidente e acredita que toda essa situação só foi gerada pela insegurança e medo promovidos pelo grupo Houthis. O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu responsabilizar duramente os integrantes do grupo "por um aumento acentuado nos ataques na região do Mar Vermelho, de forma perturbadora".

A alta cúpula do governo americano culpa Teerã por ter "ajudado e encorajado" a crise, já que os Houthis seriam incapazes de atacar e ameaçar toda a rota marítima da região, se não fosse pelo apoio tecnológico e de inteligência de Teerã.

EUA não descartam novas ações no Iêmen

Os ataques aéreos da semana passada no Iêmen tiveram como alvos numerosas estações de radar e locais de lançamento de mísseis. O Pentágono não descartou a possibilidade de novas ações militares no país, mas vão agir com cautela, para evitar estremecer a relação com o Oriente Médio. As forças americanas afirmaram ainda que buscam fazer parcerias rotineiras com outros grupos de elite de outros países para combater a pirataria e o contrabando de armas em toda a região afetada.

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