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Autópsia diz que pedreiro torturou e matou família em ritual na Itália

O pedreiro Giovanni Barreca, de 54 anos, confessou ter matado a esposa, Antonella Salamone, 41, e os filhos Kevin, 15, e Emanuel, 5 Imagem: Ansa

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/02/2024 10h36

Uma autópsia confirmou a existência de sinais de tortura nos corpos de duas vítimas de um triplo homicídio em um ritual de exorcismo em Sicília, na Itália, no último domingo (11).

O pedreiro Giovanni Barreca, de 54 anos, confessou ter matado a esposa, Antonella Salamone, 41, e os filhos Kevin, 15, e Emanuel, 5. A única sobrevivente foi a filha de 17 anos.

Kevin e Emanuel foram assassinados ao lado da mãe, Antonella, na casa da família, segundo a agência de notícias Ansa. A autópsia foi concluída na noite de sábado (17) pelo Instituto Médico Legal do Hospital Policlínico de Palermo.

Os corpos dos irmãos tinham sinais de queimaduras e maus-tratos, indicando que ambos foram torturados pelos agressores. Já o cadáver da mãe foi carbonizado e estava sepultado no jardim da residência, o que exigirá mais tempo para ser analisado pelos legistas.

O relatório final da autópsia deve ser apresentado em até 90 dias e indicará a causa exata das mortes. "Em tantos anos de carreira, nunca tinha visto algo tão horrível", disse o procurador que lidera o inquérito, Ambrogio Cartosio.

Kevin e Emanuel devem ser velados e sepultados nesta segunda-feira (19), em Altavilla Milicia.

Relembre o caso

A polícia também prendeu dois supostos cúmplices, Sabrina Fina, 42, e Massimo Carandente, 50, suspeitos de encorajar Barreca a matar sua família para "libertar a casa de demônios" e também de participar do massacre.

Os três suspeitos teriam se conhecido em uma igreja evangélica na Sicília, e a amizade teria alimentado a obsessão de Barreca com o exorcismo.

"Eu matei minha família, venham me pegar", disse o pedreiro ao ligar para a polícia no domingo. Os corpos dos meninos apresentavam sinais de estrangulamento, e um deles estava amarrado a uma corrente.

Já os restos mortais da mãe foram achados carbonizados e sepultados perto da residência, e a filha de 17 anos estava em estado de choque em um dos quartos da casa. A polícia também encontrou restos de animais possivelmente torturados e mortos em supostos ritos de exorcismo.

Nas redes sociais, Fina e Carandente demonstravam obsessão com religião e o demônio. "Satanás está usando os pastores corruptos", escreveu o suspeito de 50 anos em um post.

O casal e Barreca responderão por homicídio múltiplo e ocultação de cadáver.

*Com informações da Ansa

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