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Píer construído pelos EUA em Gaza recebe primeiros caminhões com alimentos

O píer flutuante temporário construído pelos Estados Unidos na costa da Faixa de Gaza recebeu, nesta sexta-feira (17), o primeiro carregamento com ajuda humanitária para a população atingida pela guerra entre Israel e o Hamas na região.

O que aconteceu

Corredor marítimo é um "esforço humanitário multinacional" para ajudar os civis de Gaza, disse em comunicado o Centcom (Comando Central das Forças Armadas dos EUA).

Foram enviados mantimentos para socorrer a população palestina que enfrenta uma catástrofe humanitária. A primeira remessa inclui barras alimentares para 11 mil pessoas, alimentos terapêuticos para 7,2 mil crianças em situação de desnutrição e kits com produtos de higiene para 30 mil pessoas, segundo a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês).

Construção foi concluída na quinta-feira (16). O píer flutuante foi pré-montado pelo exército norte-americano no porto de Ashdod, em Israel, e transportado para Gaza, que não possui estrutura própria.

Estrutura custou cerca de US$ 320 milhões (R$ 1,6 bilhão). O píer deverá receber quase 500 toneladas de ajuda humanitária prevista para chegar à Gaza nos próximos dias. A medida foi uma alternativa para driblar as barreiras terrestres impostas por Israel, que impedem a chegada de socorro aos civis.

Catástrofe humanitária

Gaza enfrenta uma catástrofe humanitária, afirma a ONU. A região está imersa em uma guerra travada entre Israel e o grupo extremista Hamas, que já deixou mais de 35 mil civis mortos.

Segundo a ONU, a fome ameaça a maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino. A situação piorou após as forças israelenses tomarem o controle da passagem de Rafah. A via da cidade na fronteira com o Egito era uma importante rota de entrada para suprimentos. Com a chegada de Israel ao local, aumentou a escassez de alimentos, água potável, medicamentos e combustível.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, com o ataque do Hamas à Israel, que matou mais de 1.170 pessoas. Mais de 250 pessoas foram sequestradas e 128 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais o Exército acredita que 38 morreram. A ofensiva de represália de Israel na Faixa de Gaza matou mais de 35.270 pessoas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

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