UE escolhe deputados e extrema direita deve ganhar espaço no parlamento

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1. Extrema direita deve ampliar espaço nas eleições para o parlamento da UE. Mais de 370 milhões de eleitores irão às urnas de hoje até domingo nos 27 países que compõem a União Europeia. Pesquisas apontam a vitória da Reunião Nacional na França, de Marine Le Pen, dos pós-fascistas Irmãos da Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, e do Fidesz do premiê húngaro, Viktor Orban. A ultradireita também deve registrar avanços na Polônia e na Alemanha. Atualmente, a extrema direita tem cerca de 150 das 720 cadeiras em jogo, contando os independentes que não integram os dois grupos extremistas no parlamento. Com a possibilidade de ganhar mais espaço, segundo projeções, alguns desses partidos querem unir forças em uma grande coalizão europeia, mas divergências entre os diferentes movimentos nacionalistas dificultam isso.

2, Banco Central Europeu reduz juros pela 1ª vez em cinco anos, apesar da inflação persistente. O corte nas três principais taxas foi de 0,25 ponto percentual. A taxa de depósito, que serve como referência, passou para 3,75%. Os juros estavam no maior patamar desde a criação da moeda única europeia, em 1999. O BCE ressalta que houve uma desaceleração nos preços desde setembro passado e que as perspectivas são claramente melhores, informou em nota. A inflação na zona do euro, no entanto, subiu em maio para 2,6%.

3. Boeing lança sua primeira nave espacial tripulada. Com anos de atraso e duas tentativas de decolagem no último mês, a cápsula Starliner da Boeing com dois astronautas da Nasa vai se acoplar à Estação Espacial Internacional (ISS) e deve retornar à Terra em cerca de oito dias. O projeto da Starliner acumula US$ 1,5 bilhão de custos não previstos e seu desenvolvimento é considerado crucial para a Boeing, que atravessa uma crise nos negócios da aviação civil. Após a Space X, de Elon Musk, que já transporta tripulação para a ISS desde 2020, a Boeing se torna a segunda empresa a levar astronautas ao espaço.

4. Ataque de Israel a escola deixa pelo menos 37 mortos na Faixa de Gaza. A maioria são mulheres e crianças, segundo o hospital Al-Aqsa. O exército israelense afirmou que a escola, administrada pela agência da ONU para os refugiados palestinos, a Urnwa, abrigava uma base do Hamas e do Jihad islâmico. Apesar dos esforços internacionais para obter uma trégua, Israel intensificou na quarta-feira sua ofensiva no centro da Faixa de Gaza. Centenas de pessoas protestaram em Jerusalém na "caminhada da raiva" para exigir um acordo que garanta a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

Joe Biden e Emmanuel Macron participam de cerimônia que marca o 80º aniversário do desembarque dos Aliados do "Dia D" da Segunda Guerra Mundial na Normandia, no Cemitério e Memorial Americano da Normandia em Colleville-sur-Mer, na França
Joe Biden e Emmanuel Macron participam de cerimônia que marca o 80º aniversário do desembarque dos Aliados do "Dia D" da Segunda Guerra Mundial na Normandia, no Cemitério e Memorial Americano da Normandia em Colleville-sur-Mer, na França Imagem: Saul Loeb/AFP

5. OMS confirma primeira morte humana pela gripe aviária H5N2. O vírus infectou um homem no México, de 59 anos e que sofria de várias doenças crônicas, mas não tinha histórico de contato com aves ou outros animais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Um surto de H5N2 ocorreu em uma granja na região onde o homem residia. A variante identificada no México é diferente da detectada nos Estados Unidos, a H5N1, que se propaga há várias semanas entre o gado. A OMS avalia que o risco para a população em geral é baixo.

Deu no Financial Times: "Toffoli, o juiz por trás da campanha para enterrar a maior investigação sobre corrupção na América Latina". O jornal escreve que o legado da Lava Jato está sendo apagado após a volta de Lula ao poder e que grande parte do trabalho para desmantelar os resultados da investigação está nas mãos do STF e, em particular, do ministro Dias Toffoli. O FT afirma que o ex-advogado do PT exaspera os militantes anticorrupção com uma série de decisões polêmicas, entre elas a anulação de todos os atos contra Marcelo Odebrecht, que admitiu o pagamento de propinas. Leia mais.

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