Conteúdo publicado há 6 meses

Brasileiro é preso suspeito de fazer plásticas sem licença médica nos EUA

Um brasileiro foi preso na Flórida, nos Estados Unidos, suspeito de realizar cirurgias plásticas malsucedidas e sem licença médica.

O que aconteceu

Adley da Silva, 51 anos, e outras três pessoas envolvidas foram presas. As prisões ocorreram entre os dias 13 e 14 de junho após investigação que iniciou em março de 2022, informou a Polícia de St. Lucie. O UOL procurou a corporação para saber se eles seguem presos, e aguarda retorno.

A polícia descobriu que Adley não era um cirurgião licenciado, mas sim um médico assistente. Apesar disso, ele estava comandando toda a equipe de sua clínica, a Cosmetica Plastic Surgery and Anti-Aging, e os procedimentos realizados no local.

Lipoaspiração, 'levantamento de bumbum brasileiro' e abdominoplastia eram alguns dos procedimentos oferecidos. Pacientes denunciaram ter tido problemas graves de saúde após as cirurgias, que aconteceram em 2021 e 2022, e pelas quais eram cobrados entre US$ 6.800 e US$ 22.900.

Nas redes sociais, médico acumula 116 mil seguidores. Ele costumava compartilhar fotos e vídeos do antes e depois dos procedimentos. Um dia antes de sua prisão, Adley ainda fez uma publicação.

Além de praticar medicina sem licença, Adley também responde por extorsão, roubo e fraude organizada. A esposa do suspeito, Kiomy Quintiana, também foi presa pelos mesmo crimes. Os outros dois presos foram: Fermal Lee Simpson, 74 anos, e Dianne Linda Millan, 52 anos. Um quinto suspeito segue foragido.

Quando a clínica foi aberta, um cirurgião licenciado supervisionava as atividades. No entanto, ele teria percebido que Adley estava fazendo cirurgias sem sua permissão. A Secretaria de Saúde do estado emitiu em maio de 2023 uma ordem para revogar o registro de funcionamento da empresa.

Clínica foi proibida de funcionar em 2023, segundo a polícia. No entanto, os serviços continuaram sendo ofertados, como mostram publicações nas redes sociais do médico até um dia antes da prisão.

O Conselho de Medicina local retirou a licença de médico assistente de Adley após a acusação. A decisão foi divulgada no dia 17 de abril deste ano, ''com base em alegações de que ele cometeu uma variedade de má conduta profissional''.

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