Goiano é agredido por empresário no Chile e passará por cirurgia, diz amigo
O brasileiro Paulo César Martins Nogueira, 31, natural de Rio Verde (GO), foi espancado por um empresário durante seu primeiro dia de trabalho, em Santiago, no Chile, segundo o amigo dele Anderson Silva. As agressões ocorreram no dia 18 deste mês.
O que aconteceu
Paulo César estava no primeiro dia de trabalho em um restaurante localizado no Mercado Central de Santiago quando foi agredido. Ao UOL, o amigo dele explicou que o goiano foi contratado para atuar como captador de clientes, especialmente turistas brasileiros, quando foi surpreendido pelas agressões do dono de um estabelecimento concorrente, que teria se irritado pelo local em que a vítima estava captando clientes.
Goiano ainda não conhecia as regras do local, explicou Anderson. "No primeiro dia dele na função, vinham chegando [turistas] de Brasília, ele foi abordá-los para conversar, mas como era o primeiro dia dele, ele não sabia de algumas regras do Mercado, e o dono do restaurante da concorrência já chegou agredindo ele com palavras de baixo calão, começou a agredir e incitou outros trabalhadores a agredirem o Paulo e foi aquele negócio terrível", contou.
Paulo sofreu diversos golpes, disse o amigo. "Ele levou socos, chutes, jogam objetos nele, pedaços de pau. Foi horrível", afirmou. Fotos mostram que o brasileiro sofreu escoriações pelo corpo e ficou com uma mão "bem inchada", conforme Anderson.
Brasileiro sofreu fratura na mão esquerda e será submetido a uma cirurgia nesta quarta-feira (24). Ainda de acordo com Anderson, a vítima recebeu atendimento em um hospital de Santiago, em que ficou constatada a fratura e a necessidade da intervenção cirúrgica. Paulo segue internado para a realização do procedimento, previsto para ocorrer amanhã.
Paulo César mora no Chile desde janeiro deste ano. Segundo Anderson, o goiano já possui documentos chilenos e esse era o seu segundo trabalho no país — ele tem recebido a ajuda do atual empregador. Anteriormente, Paulo trabalhou como vendedor em uma loja de roupas.
Ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores informou que, "por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santiago, permanece à disposição para prestar assistência consular ao cidadão brasileiro". A pasta destacou que precisa ser procurada pela família do brasileiro para fornecer suporte e reiterou que "não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros" em "atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012".
A reportagem não conseguiu contato com o empresário suspeito de agredir o brasileiro. Até o momento, a Polícia do Chile não forneceu maiores detalhes e se está investigando o caso. No mês passado, uma brasileira foi vítima de agressão e tentativa de estupro durante assalto em Santiago — a vítima precisou lutar com os criminosos.
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