Tales Faria: TSE caiu em armadilha do Maduro para espantar observadores
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do Brasil caiu em armadilha de Nicolás Maduro ao cancelar a ida de técnicos que seriam parte dos observadores na eleição presidencial venezuelana do próximo domingo (28), afirmou o colunista do UOL Tales Faria durante participação no UOL News 2ª Edição desta quinta-feira (25).
Ontem, o TSE divulgou nota cancelando a ida de observadores "em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras". A campanha presidencial termina hoje na Venezuela.
Entrevista do Edmundo González deixa claro que não interessa à oposição venezuelana que os observadores não apareçam [pelo contrário, quer eles lá]. Acho que o TSE brasileiro caiu na armadilha do Maduro. O Maduro fez essas agressões todas para que o TSE não mandasse os observadores. Tales Faria, colunista do UOL
Ele quer espantar os observadores, está fazendo uma lambança lá. Maduro é um autocrata. O TSE indo e mandando técnicos [para Caracas] poderia fortalecer, tanto o movimento internacional denunciando as [possíveis] violações como pressionando aqui dentro o Lula para que, havendo as violações, o Brasil se manifeste duramente. O TSE agiu errado, essa declaração do Edmundo deixa isso claro, a oposição gostaria que o TSE estivesse lá. Tales Faria, colunista do UOL
Tales ressalta que após a apuração no domingo pode haver um escalonamento do clima de tensão com o resultado, favorável ou não a Maduro.
Outra questão é que o pós-eleição vai ser crucial, vai ser terrível. Por quê? Primeiro, essa Maria Corina que está ao lado de Edmundo já pediu no passado que houvesse intervenções lá. Intervenções armadas, ela é uma golpista também. A gente tem que tomar cuidado. Lá na Venezuela a direita e a esquerda são golpistas. É complicado. Tales Faria, colunista do UOL
O pós-eleição vai ser um grande problema, por isso, até o Lula está cheio de dedos com o Maduro. Por quê? Porque ele quer ter algum diálogo no pós-eleição, quer poder evitar que a coisa estoure lá. A Venezuela tem uma grande fronteira com o Brasil em uma área complicada que é a Amazônia. O pós-eleição vai ser um grave problema. Tales Faria, colunista do UOL
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