Países latinos prometem ir a OEA contra falta de transparência na Venezuela
Países da América Latina disseram que vão solicitar uma reunião urgente da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a falta de transparência nas eleições da Venezuela.
O que aconteceu
Nota conjunta destaca necessidade de verificar se os resultados respeitaram a vontade popular. Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana publicaram carta conjunta e pediram uma contagem transparente dos votos.
A contagem dos votos deve ser transparente e os resultados não devem suscitar dúvidas. Nossos Governos solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da OEA para emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular.
Comunicado sobre elecciones en Venezuela
-- Cancillería Argentina 🇦🇷 (@CancilleriaARG) July 29, 2024
Los Gobiernos de Argentina, Costa Rica, Ecuador, Guatemala, Panamá, Paraguay, Perú, República Dominicana y Uruguay manifiestan su profunda preocupación por el desarrollo de las elecciones presidenciales de la República Bolivariana de… pic.twitter.com/z3z4cyRgRr
Itamaraty aguarda ata. O Ministério das Relações Exteriores afirmou estar aguardando a divulgação de dados das mesas da votação, em nota publicada na manhã desta segunda-feira (29), e disse que o governo acompanha com atenção o processo de apuração.
O assessor para Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, disse que Lula está sendo informado sobre a votação. ''Vamos aguardar os resultados finais e esperamos que sejam respeitados por todos os candidatos", explicou Amorim, que está na Venezuela como observador das eleições.
Outros países criticaram eleição
Estados Unidos afirmaram estar preocupados com o resultado. Antony Blinken, chefe da diplomacia estadunidense, declarou que o país tem ''sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano''.
União Europeia também comentou sobre as eleições venezuelanas. ''Os venezuelanos votaram sobre o futuro do país de forma pacífica e em grande número. A vontade deve ser respeitada. É essencial garantir a total transparência do processo eleitoral, incluindo a contagem pormenorizada dos votos e o acesso (aos documentos) das assembleias de voto", afirmou alto representante da diplomacia da UE, Josep Borrell.
Espanha exigiu que atas sejam divulgadas. O ministro das Relações Exteriores espanhola expressou crítica às eleições e disse que é necessário a transparência ''tabela por tabela para que os resultados possam ser verificados''.
Itália expressou ''perplexidade'' com eleição. Antonio Tajani, ministro das Relações Exteriores e vice-premiê, também pediu pelo X resultados verificáveis e acesso às atas.
Países reconheceram vitória
China parabenizou Maduro por sua reeleição. Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, enfatizou que os dois países são ''bons amigos e parceiros que se apoiam mutuamente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também se apressou para felicitar Maduro. ''Tenho certeza que suas atividades à frente do Estado continuarão a contribuir para seu desenvolvimento progressivo em todas as direções'', acrescentou.
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Quero receberXiomara Castro, presidente de Honduras, fez ''saudações democráticas, socialistas e revolucionários'' à Nicolas. Ela ainda chamou os venezuelanos de povo corajoso pelo seu ''triunfo incontestável, que reafirma o legado histórico de Chávez''.
Cuba também reconheceu vitória. O General do Exército Raúl Castro Ruz conversou por telefone com Maduro para felicitá-lo.
Líder Luis Arce, da Bolívia, afirmou que reeleição de Maduro é um ''ótimo jeito de lembrar o comandante Hugo Chávez''. ''Acompanhámos de perto esta festa democrática e congratulamo-nos com o facto de a vontade do povo venezuelano nas urnas ter sido respeitada'', escreveu nas redes sociais.
Nicarágua enviou carta parabenizando. ''Nosso abraço de sempre, saudando a grande vitória que esse povo heroico entrega ao Comandante Eterno'', disse.
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