Discussão sobre microfone põe em risco debate entre Kamala e Trump na TV
Uma divergência entre as campanhas de Donald Trump e Kamala Harris, sobre o microfone estar aberto ou fechado durante o debate na ABC, coloca em risco a realização do encontro entre os dois candidatos presidenciáveis, marcado para o dia 10 de setembro.
O que aconteceu
Em junho, equipes haviam feito acordo para o debate da CNN. Na ocasião, ficou combinado que o microfone de um candidato ficaria desligado sempre que o outro falasse. Essa exigência foi imposta pela campanha do presidente Joe Biden, então candidato democrata.
Cenário de agora é diferente. Biden desistiu de tentar concorrer à reeleição— após pressão interna e desempenho ruim no debate da CNN— e foi substituído por Kamala Harris. A campanha dela quer que os microfones estejam abertos o tempo todo durante o debate da rede de TV ABC. A campanha republicana não concorda.
Os chamados "microfones quentes" podem ajudar ou prejudicar os candidatos. Isso porque ele pode capturar comentários improvisados que, às vezes, não deveriam ser ouvidos pelo público. Historicamente, os debates americanos sempre aconteceram com os áudios abertos —a exceção ocorreu no encontro promovido pela CNN, em junho.
Dissemos à ABC e outras redes [de TV] que acreditamos que os microfones de ambos os candidatos devem estar abertos durante toda a transmissão. Nosso entendimento é que os 'manipuladores' de Trump preferem o microfone mudo porque acham que seu candidato não possa agir como presidente por 90 minutos sozinho. Brian Fallon, porta-voz da campanha de Kamala, ao site de notícias Político
Porta-voz da campanha de Trump, Jason Miller disse em um comunicado que eles já haviam concordado com os mesmos termos da CNN. "Não falamos em nenhuma mudança nas regras acordadas."
Em post na Truth Social, Trump mirou os ataques à emissora. "Por que eu faria o debate contra Kamala Harris nessa rede?" escreveu o republicano, que está fazendo sua terceira tentativa de chegar à Casa Branca, em uma postagem em rede social.
*Com informações da AFP
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