Conteúdo publicado há 30 dias

Netanyahu pede 'perdão' por não salvar 6 reféns israelenses mortos em Gaza

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu perdão nesta segunda-feira (2) aos parentes dos seis reféns israelenses encontrados mortos em Gaza no fim de semana.

O que aconteceu

Netanyahu disse que o grupo extremista Hamas "pagará um preço muito alto" pelas mortes de reféns. "Peço perdão por não os trazer vivos. Estivemos perto, mas não conseguimos", declarou Netanyahu em entrevista coletiva nesta segunda-feira (2).

Executados com tiro na nuca. O primeiro-ministro descreveu como os reféns teriam sido mortos. Os corpos foram encontrados em um túnel na Faixa de Gaza.

"Quem assassina reféns não quer acordo". No domingo (1º), Netanyahu afirmou que Israel não descansará até capturar os responsáveis pela morte dos seis reféns e, em nota, afirmou que o país está se empenhando por um acordo para libertar os restantes e garantir a segurança de Israel. "Quem quer que assassine reféns, não quer um acordo", disse.

Biden diz que Netanyahu não fez o suficiente para libertar reféns do Hamas. Repórter questionou a Biden se ele considera que o premiê de Israel "está fazendo o suficiente" para fechar acordo que liberte os reféns e restabeleça a paz. Presidente norte-americano respondeu à pergunta com apenas um "não". Entretanto, Biden salientou que mantém "esperanças" por um acordo entre os dois lados do conflito. "A esperança é eterna", destacou o democrata.

Corpos resgatados em Gaza

Na fileira de cima, da esquerda para a direita: Almog Sarusi, Alexander Lobanov, Carmel Gat. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita: Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi e Ori Danino
Na fileira de cima, da esquerda para a direita: Almog Sarusi, Alexander Lobanov, Carmel Gat. Na fileira de baixo, da esquerda para a direita: Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi e Ori Danino Imagem: Hostages Families Forum Headquarters / AFP

Jovem americano-israelense que se tornou um dos reféns mais famosos do Hamas estava entre os mortos. Hersh Goldberg-Polin, de 24 anos, nasceu na Califórnia. A família confirmou a morte em uma mensagem no Facebook, e o presidente dos EUA, Joe Biden, enviou suas condolências em um comunicado.

Quatro homens e duas mulheres. As outras vítimas, além de Hersh Goldberg-Polin, são Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino. Corpos foram recuperados de um túnel subterrâneo na área de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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Cerca de 700 mil manifestantes foram às ruas de Tel Aviv e outras cidades israelenses em protesto. Houve confronto com a polícia e pelo menos 29 pessoas foram detidas.

Manifestação pedia acordo para libertação de reféns. Muitos seguravam bandeiras israelenses e cartazes com imagens dos reféns mantidos em Gaza. Outros pediam o cessar-fogo. Parte deles culpa o fracasso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em garantir um acordo para interromper os conflitos e trazer seus entes queridos de volta para casa.

Um acordo para o retorno dos reféns está sendo discutido há mais de dois meses. Se não fosse por atrasos, sabotagem e desculpas, aqueles cujas mortes soubemos esta manhã provavelmente ainda estariam vivos.
Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, organização que representa os familiares dos sequestrados

Caiu para 97 o número de pessoas ainda mantidas em cativeiro. Ao todo, 251 foram sequestradas em 7 de outubro, e pelo menos 33 estão confirmadas como mortas.

Com informações de AFP e Reuters

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