Conteúdo publicado há 2 meses

Israel: Milhares protestam após resgate de corpos de reféns; 29 são presos

Cerca de 700 mil manifestantes foram às ruas de Tel Aviv e outras cidades israelenses, neste domingo (1º), após o exército local anunciar o resgate dos corpos de seis reféns mortos pelo Hamas em Gaza. Houve confronto com a polícia. Pelo menos 29 pessoas foram detidas.

O que aconteceu

Números foram estimados pelo Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas à rede CNN. A associação — que representa as famílias de alguns dos detidos em Gaza— acreditam que esse foi o maior protesto desde o início da guerra de Israel contra o grupo. Autoridades não se manifestaram sobre o tamanho do protesto deste domingo.

Objetivo de manifestação é pedir acordo para libertação de reféns. Muitos seguravam bandeiras israelenses e cartazes com imagens dos reféns mantidos em Gaza. Outros pediam o cessar-fogo. Parte deles culpa o fracasso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em garantir um acordo para interromper os conflitos e trazer seus entes queridos de volta para casa.

Protesto em Israel teve confronto com a polícia e manifestantes detidos
Protesto em Israel teve confronto com a polícia e manifestantes detidos Imagem: Florion Goga/Reuters

Manifestantes entraram em conflito com a polícia, que reagiu com jatos de água. Outros queimaram objetos e fecharam vias. Pelo menos 29 pessoas foram presas em Tel Aviv, segundo a CNN americana.

Maior sindicato de Israel convocou uma greve geral para segunda-feira (2). Eles querem pressionar o governo de Netanyahu a trazer de volta os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas em Gaza. O Aeroporto Ben Gurion, o principal centro de transporte aéreo de Israel, estará fechado a partir das 8h (horário local). Os serviços municipais no centro econômico de Israel, Tel Aviv, também estarão fechados na segunda-feira (2).

Resgate de corpos

Exército israelense confirmou a recuperação dos corpos de seis reféns em túnel subterrâneo de Rafah. Eles teriam sido executados pouco antes da chegada dos israelenses. Entre os mortos, estava jovem americano-israelense que se tornou um dos reféns mais famosos do Hamas.

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Cerca de 101 reféns continuam mantidos em Gaza, embora Israel acredite que um terço deles não esteja mais vivo. Netanyahu e muitos linha-dura em seu governo, assim como seus apoiadores, continuam se opondo a qualquer acordo de reféns que libertaria militantes das prisões israelenses e ajudaria a manter o Hamas no poder.

Os mortos, todos feitos reféns em 7 de outubro durante o ataque do Hamas em uma festa, são de quatro homens e duas mulheres. Eles foram identificados como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino.

*Com informações da Reuters, AFP e DW

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