Novo ataque de Israel contra Beirute deixa ao menos 5 mortos, diz Líbano

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram um novo ataque aéreo contra Beirute, no Líbano, na noite desta quarta-feira (2), no Brasil (madrugada de quinta-feira, 3, no Líbano). O ataque deixou ao menos cinco mortos e oito feridos, conforme balanço preliminar divulgado pelo Ministério da Saúde libanês nas redes sociais.

O que aconteceu

Três das vítimas foram socorridas, mas morreram em razão dos ferimentos graves. Outros dois morreram logo após o ataque, conforme a pasta libanesa. Outros oito feridos foram levados a hospitais e estão recebendo atendimento médico.

"As IDF conduziram um ataque preciso em Beirute", diz comunicado das Forças de Defesa israelenses. No Telegram, o Hezbollah confirmou que foi alvo de projéteis de artilharia em um "ataque preciso" realizado pelas forças de Israel. Pouco depois, às 02h de quinta-feira (20h, no horário de Brasília), o grupo divulgou que foi alvejado pelas "forças inimigas, que dispararam mísseis com um lançador e conseguiram um ataque direto".

Três grandes explosões foram ouvidas no subúrbio ao sul de Beirute. Bombardeios teriam sido direcionados a região de Dahiyeh, área onde o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelense.

Forças de Defesa de Israel disse que divulgarão mais detalhes do ataque em breve. Eles também emitiram um alerta solicitando que moradores evacuassem áreas do sul de Beirute. Uma fonte de segurança libanesa disse à Reuters que o ataque israelense ocorreu dentro dos limites da cidade de Beirute, não muito longe do centro da cidade.

Fotos mostram fumaça e fogo no sul de Beirute após o bombardeio. Um vídeo que circula nas redes sociais também mostra um edifício destruído após ser atingido pelo ataque. Alvo seria um centro de saúde do Hezbollah, segundo a BBC.

O Hezbollah afirma que resiste ao avanço das forças de Israel no sul do Líbano. Jornalistas da AFP que estão fora da capital libanesa ouviram o barulho de explosões, que ecoaram por quilômetros.

Chefe do gabinete de imprensa do Hezbollah disse que o grupo tem combatentes, armas e munições para atacar Israel. Se direcionando aos "inimigos", Mohammad Afif assegurou que "esta é apenas a primeira rodada" de ataques do grupo.

46 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas

Ataques israelenses mataram 46 pessoas no Líbano nas últimas 24 horas. De acordo com o Ministério da Saúde libanês, 85 foram feridas no mesmo período.

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Pelo menos 1.000 pessoas foram vítimas dos bombardeios nas últimas duas semanas. Entre as vítimas estão mulheres e crianças, segundo o ministério.

O Exército israelense anunciou na terça-feira (1º) o início de operações terrestres "limitadas" no sul do Líbano. Segundo Israel, o objetivo é destruir a infraestrutura do Hezbollah. As forças de segurança de Israel fizeram um novo apelo para que os civis libaneses abandonem "imediatamente" mais localidades no sul do país.

Israel promete retaliar o Irã após os ataques de mísseis. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a resposta pode provocar uma escalada da guerra. Agentes importantes no cenário mundial, incluindo os Estados Unidos e Rússia, podem dar um novo desenho ao conflito.

Presidente Joe Biden disse que apoia "totalmente" os israelenses. Ele declarou que discutiria ainda hoje uma resposta militar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O ataque do Irã provocou reação de Netanyahu. Horas após os mísseis iranianos serem lançados, o líder israelense apontou para uma retaliação e disse que o Irã "pagará o preço", após dizer que o ataque foi um "erro grave".

Essa foi a maior demonstração de força do Irã. Mesmo sem vítimas relatadas por Israel, o ataque provocou um alerta sobre o atual momento da tensão no Oriente Médio. Na noite de terça (1º), Patrick S. Ryder, porta-voz do Pentágono, disse que o ataque recente foi duas vezes maior do que a incursão aérea de abril.

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Em abril, forças iranianas já haviam dado uma "resposta" a Israel lançando mísseis contra o país. À época, o Irã informou que a ação foi em legítima defesa, após um consulado do país em Damasco, na Síria, ter sido destruído por Israel, provocando a morte de sete militares.

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