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Furacão Milton: quais são as tempestades mais fortes da história?

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/10/2024 05h30

O furacão Milton, que ameaça a Flórida, nos EUA, foi considerado "extremamente perigoso" e, segundo o presidente Joe Biden, tem a possibilidade de ser "o pior em 100 anos" a atingir o estado.

A força dos furacões, ciclones e tufões pode ser medida de maneiras diferentes: pressão, velocidade dos ventos e até mesmo o número de mortes decorrentes podem ser utilizados como métricas. Há também a escala Saffir-Simpson, que classifica a periculosidade dos furacões de 1 a 5.

No geral, a pressão costuma ser o método mais confiável de comparação entre as tempestades, uma vez que é calculada com uma metodologia mais consistente em todo o planeta. A medição da velocidade do vento, por outro lado, tem métodos mais variados, o que compromete o paralelo.

Veja, abaixo, os furacões mais fortes da história, calculados por pressão atmosférica.

1. Tufão Tip

O Tufão Tip é considerado o ciclone tropical mais intenso registrado na história moderna. Ele atingiu seu pico de intensidade em outubro de 1979, no oeste do Oceano Pacífico. A pressão central mínima do tufão chegou a 870 hPa, a mais baixa já registrada para um ciclone do tipo. Além disso, os ventos associados ao tufão alcançaram velocidades máximas de até 305 km/h, aumentando o nível de destruição.

O impacto do Tufão Tip foi grande, afetando várias ilhas e países ao longo de seu caminho. A formação e intensificação rápida da tempestade são estudadas até hoje como exemplos extremos de desenvolvimento de ciclones tropicais em condições atmosféricas favoráveis. À época, o Tip também destacou a importância de monitorar e prever fenômenos do tipo para mitigar a devastação que eles podem causar.

2. Furacão Patricia

O Furacão Patricia se formou em outubro de 2015 no Oceano Pacífico e é considerado o ciclone tropical mais intenso já registrado no Hemisfério Ocidental. Em seu pico de intensidade, o Patricia atingiu a pressão atmosférica central mínima de 872 hPa, uma das mais baixas já observadas. Os ventos chegaram a 345 km/h, o que o elevou à categoria 5 na escala Saffir-Simpson.

Apesar de sua potência, o impacto direto do Patricia em terra foi menor do que inicialmente temido, em parte porque atingiu áreas menos povoadas da costa mexicana. Ainda assim, os ventos e as fortes chuvas causaram destruição significativa, especialmente em vilarejos e áreas rurais. As condições atmosféricas e oceânicas permitiram que o furacão passasse de uma tempestade tropical para um super furacão em menos de 24 h.

3. Furacão Nora

O Furacão Nora se formou em setembro de 1997 no leste do Oceano Pacífico e atingiu o México e o sudoeste dos EUA. No auge de sua força, ele atingiu ventos de 215 km/h, chegando à categoria 4 na escala Saffir-Simpson. A pressão do furacão foi de 875 hPa, com força maior enquanto estava no mar. O Nora passou por um processo de intensificação rápida ao se aproximar da costa, mas começou a enfraquecer antes de atingir o continente.

O impacto de Nora foi significativo, principalmente no noroeste do México, onde causou enchentes, destruição de infraestruturas e grande perdas econômicas. O furacão seguiu em direção ao sudoeste dos EUA, levando chuvas fortes para regiões áridas como o Arizona e o sul da Califórnia. Embora já enfraquecido ao cruzar a fronteira, o Nora ainda provocou inundações em áreas secas, causando danos materiais e afetando colheitas. O furacão é lembrado por ter uma trajetória incomum, adentrando profundamente no interior dos EUA após atingir a costa mexicana.

4. Tufão June

O Tufão June foi um ciclone tropical que se formou no oeste do Oceano Pacífico e atingiu o Japão. No auge de sua intensidade, os ventos do June atingiram 165 km/h e a pressão atmosférica mínima registrada foi de 875 hPa, capaz de causar danos severos, especialmente em áreas costeiras. Após se formar no Pacífico, o June seguiu uma trajetória em direção ao norte.

O June surgiu durante a temporada de tufões no Pacífico de 1975, uma das mais mortíferas já registradas. Ao todo, foram 21 tempestades, 14 tufões e 3 supertufões. Apesar da forte intensidade, o June teve poucos efeitos em terra, uma vez que passou a uma distância considerável da costa. Os principais locais afetados foram Guam e o sul do Japão.

5. Furacão Ida

O Ida, também conhecido como o "Supertufão Ida," foi um dos ciclones tropicais mais devastadores registrados no Oceano Pacífico ocidental. Ele atingiu seu auge em setembro de 1958, alcançando ventos com velocidade máxima de 325 km/h e uma pressão atmosférica mínima de 877 hPa. A intensidade do Ida fez com que ele fosse classificado como um "super tufão", designação usada para tempestades com ventos superiores a 240 km/h. Ida atingiu partes das Ilhas Ryukyu, no Japão, causando destruição generalizada e resultando em graves inundações e deslizamentos de terra.

Ao se aproximar da costa japonesa, o supertufão enfraqueceu, mas ainda manteve força ao atingir Honshu, a principal ilha do Japão, em 26 de setembro de 1958. Além dos danos causados pelos ventos fortes, o tufão gerou chuvas torrenciais, provocando inundações em grande escala e resultando na morte de mais de 1.200 pessoas, além de milhares de desabrigados.

Outros 5 ciclones tropicais mais intensos (por pressão atmosférica):

  • 6. Tufão Kit (1966): 880 hPa
  • 7. Furacão Rita (1978): 880 hPa
  • 8. Furacão Vanessa (1984): 880 hPa
  • 9. Furacão Nancy (1961): 882 hPa
  • 10. Furacão Wilma (2005): 882 hPa

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