Kamala cresce, mas segue em empate técnico com Trump, diz pesquisa do NYT

A vice-presidente democrata Kamala Harris cresceu na última pesquisa do jornal The New York Times com o Siena College, divulgada nesta terça-feira (8). Apesar disso, Harris segue em empate técnico com o ex-presidente republicano Donald Trump.

O que aconteceu

Kamala está à frente de Trump por 49% a 46%. Pequena vantagem está dentro da margem de erro da pesquisa. Para efeito de comparação, os candidatos estavam empatados, com 47% cada, no levantamento das mesmas instituições divulgado em setembro.

A vice-presidente ganhou terreno nos quesitos mudança, temperamento e confiança. O levantamento indica que Kamala é vista como a candidata que representa a mudança nesta eleição, com uma vantagem de 46% a 44% entre todos os eleitores. Ela também tem uma ampla margem, de 61% a 29%, entre os eleitores que não são brancos. Já os eleitores mais jovens a veem como a candidata da mudança por uma margem de 58% a 34%.

Harris reforçou o seu apoio entre os eleitores mais velhos do Partido Republicano. O levantamento mostrou que 9% disseram que planejavam apoiá-la, ligeiramente acima dos 5% da última pesquisa. Essa é a primeira vez que Harris tem alguma vantagem contra Trump na pesquisa Times/Siena desde julho, quando o presidente Biden desistiu da disputa.

Kamala é vista como mais honesta e confiável do que Trump. Já o republicano é considerado um líder mais forte.

Trump continuou tendo vantagem quando o assunto é economia. Esse segue sendo o principal problema dos Estados Unidos, segundo a pesquisa. A vice-presidente fez pequenos avanços no tema, com a vantagem de Trump sendo de apenas dois pontos, 48% a 46%, em comparação com cinco pontos em setembro.

O republicano também lidera entre os eleitores do sexo masculino por onze pontos. O levantamento mostrou que 42% dos entrevistados disseram que as políticas de Trump os ajudaram pessoalmente, em comparação com 22% que disseram o mesmo sobre as políticas de Biden. A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de setembro a 6 de outubro.

Kamala entrou na disputa depois que o presidente democrata Joe Biden desistiu de concorrer. Decisão ganhou terreno após um desempenho ruim no debate contra Trump em junho. Na ocasião, Trump era amplamente visto como o primeiro colocado, em parte com base em sua força percebida na economia após vários anos de inflação alta durante o governo Biden.

Candidatos também aparecem empatados em outra pesquisa

Vantagem de Kamala sobre Trump diminui para 46% a 43%, mostra pesquisa Reuters/Ipsos. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (8), tem margem de erro de três pontos percentuais para mais e para menos. Os dois permanecem em uma disputa acirrada para a eleição presidencial de 5 de novembro nos Estados Unidos.

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A pesquisa indicou que Trump é o candidato preferido para uma série de questões econômicas. Levantamento mostrou que alguns eleitores poderiam ser influenciados por suas afirmações de que os imigrantes ilegais no país são propensos ao crime, alegações que foram amplamente desqualificadas por acadêmicos e institutos.

Os entrevistados classificaram a economia como a principal questão enfrentada pelo país. Cerca de 44% disseram que Trump tem a melhor abordagem para lidar com o "custo de vida", em comparação com 38% que escolheram Kamala. Entre uma série de questões econômicas que o próximo presidente deve abordar, cerca de 70% dos entrevistados disseram que o custo de vida seria a mais importante, com apenas uma pequena parcela escolhendo o mercado de trabalho, impostos ou "me deixar melhor financeiramente".

Trump pareceu ser impulsionado pela preocupação generalizada com a imigração. Cerca de 53% dos eleitores da pesquisa disseram concordar com uma declaração de que "os imigrantes que estão no país ilegalmente são um perigo para a segurança pública", em comparação com 41% que discordaram. Os eleitores estavam mais divididos sobre a questão em uma pesquisa Reuters/Ipsos de maio, quando 45% concordaram e 46% discordaram.

Kamala esteve à frente de Trump em cada uma das seis pesquisas Reuters/Ipsos sobre o confronto entre eles desde que entrou na disputa no final de julho. A última pesquisa mostrou Kamala com dois pontos percentuais de vantagem - 47% a 45% - entre os eleitores que parecem mais propensos a votar em novembro. Cerca de dois terços dos eleitores elegíveis compareceram às urnas na eleição presidencial de 2020, de acordo com uma estimativa do Pew Research Center.

*Com Reuters

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