Exército de Israel ordena evacuação de moradores do norte de Gaza
O exército de Israel publicou novas ordens de evacuação neste sábado (12) para moradores do norte de Gaza antes das operações militares planejadas para a região.
O que aconteceu
O exército operará "com grande força por um longo período" em Jabalia e Nazla, uma "zona de combate perigosa", de acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee. O porta-voz dos militares ainda alertou, em um aviso aos moradores de Gaza: "Você está proibido de seguir para o sul, pois qualquer movimento em direção ao sul representa um perigo para sua vida. Nós o informaremos quando você poderá retornar para casa quando as condições forem adequadas."
Pelo menos 20 pessoas foram mortas em um ataque aéreo ao Hospital Al-Yemen Al-Saeed, no norte de Gaza, segundo trabalhadores humanitários do Médicos Sem Fronteiras. A organização pediu a Israel que protegesse os civis e os hospitais na Faixa de Gaza e que "permitisse a entrada de suprimentos humanitários desesperadamente necessários no norte, com extrema urgência".
O Ministério da Saúde palestino disse que pelo menos 49 pessoas haviam sido mortas em Gaza desde sexta-feira (11) e que 219 feridos haviam chegado aos hospitais do enclave.
O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nos territórios palestinos, Jonathan Crickx, descreveu a ordem de evacuação de Israel no norte de Gaza como "extremamente preocupante", porque advertiu explicitamente que os abrigos não seriam seguros e incluíam locais como o Hospital Kamal Adwan.
Mais de 220 pessoas foram mortas no norte de Gaza desde que o exército israelense atacou no último domingo (6), de acordo com a Defesa Civil e o Ministério da Saúde de Gaza.
Autoridades palestinas e das Organizações das Nações Unidas (ONU) dizem que não há áreas seguras em Gaza e alertam sobre a escassez de alimentos, combustível e suprimentos médicos na região norte.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU informou nesta quarta-feira (9) que foi obrigado a interromper a distribuição de pacotes de alimentos em outubro. "Um milhão de pessoas correm o risco de perder apoio vital se os fluxos de assistência não forem retomados."
* Com informações de CNN e New York Times
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