Israel matou 14 líderes do Hamas e do Hezbollah desde o início do conflito

As Forças de Defesa de Israel já mataram pelo menos 14 líderes do Hamas e do Hezbollah desde 7 de outubro de 2023, quando o movimento armado palestino atacou os israelenses e deflagrou o mais recente conflito entre os grupos.

Saleh al-Arouri

Em janeiro, Israel matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, 57, em um ataque de drone na capital do Líbano, Beirute.

Antes do atentado, Tel Aviv acusava Arouri de ataques letais contra os seus cidadãos, mas uma autoridade do Hamas disse que ele também estava "no centro das negociações" conduzidas pelo Catar e pelo Egito sobre a guerra em Gaza e a libertação dos reféns israelenses detidos pelo Hamas.

Marwan Issa

O número três do Hamas, Marwan Issa, morreu em março, depois que as autoridades israelenses anunciaram que foram alvo de um ataque aéreo em Gaza. Ele era o adjunto de Mohammed Deif, então líder do braço armado do Hamas.

Taleb Abdallah, ou 'Abu Taleb'

Um ataque israelense contra o vilarejo de Jouya, no sul do Líbano, em junho, matou um comandante sênior do Hezbollah e três combatentes do grupo armado libanês.

O Hezbollah confirmou a morte do comandante e disse, em um comunicado, que era Taleb Abdallah, também conhecido como Abu Taleb.

Ele foi o membro mais sênior do grupo morto em oito meses de troca de ataques entre Israel e o Hezbollah, disse uma fonte de segurança à Reuters. Ele foi identificado pelas fontes como o comandante do grupo para a região central da faixa de fronteira sul.

Mohammed Nasser

Israel matou Mohammed Nasser, um dos principais comandantes do Hezbollah no sul do Líbano, em julho. Fontes disseram que ele era responsável por uma seção das operações do grupo na fronteira, onde os lados têm travado seu pior conflito desde a guerra de 2006.

Fuad Shukr

Em 30 de julho, o Exército israelense anunciou que seus caças "eliminaram" em Beirute Fuad Shukr, comandante do movimento libanês Hezbollah, a quem Israel responsabilizou por um ataque nas Colinas do Golã.

Shukr era um dos vários oficiais veteranos fundadores da ala militar do grupo libanês, segundo a agência Al Jazeera.

Ismail Haniyeh

O líder político e principal interlocutor do Hamas Ismail Haniyeh, 62, foi assassinado durante viagem a Teerã, no Irã, em 31 de julho. Ele era membro do Hamas desde a fundação do grupo extremista, em 1987.

Nomeado para líder do Hamas em 2017. Apesar de ser um nome importante do Hamas desde as eleições de 2006, Ismail só virou líder oficial do movimento em 2017, quando Khaled Meshaal deixou o cargo.

Mohammed Deif

O Exército de Israel anunciou a morte de Mohammed Deif em 1º de agosto. Porém, o ataque aéreo em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que matou Deif aconteceu em 13 de julho.

Deif liderou as Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, e era um dos homens mais procurados por Israel. Ele teve papel fundamental no desenvolvimento do foguete caseiro Qassam, uma das principais armas do Hamas, e no desenvolvimento da rede de túneis sob Gaza.

Ibrahim Aqil

O comandante de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, foi morto em um bombardeio em Beirute lançado pelo Exército de Israel em 20 de setembro.

Ele era comandante da força al-Radwan, a unidade de elite do movimento xiita libanês Hezbollah. Ele havia deixado o hospital após ter se ferido nas explosões de pagers no mesmo mês, segundo a agência de notícias alemã DPA.

Ahmed Mahmoud Wahbi

Em 21 de setembro, o Hezbollah anunciou a morte de outro importante militar da milícia, identificado como Ahmed Mahmoud Wahbi, 59, no mesmo ataque aéreo de Israel que matou Aqil.

Ele se juntou ao Hezbollah na década de 1980 para combater a ocupação israelense, segundo o jornal The New York Times. Wahbi era ligado à ala Radwan, setor do grupo que desempenhou papel importante em operações como o sequestro de soldados israelenses em 2006.

Ali Karaki

Israel lançou um ataque em 23 de setembro contra um comandante do Hezbollah no sul do Líbano. O alvo do ataque é Ali Karake, número três do Hezbollah.

Ibrahim Qubaisi

Um ataque aéreo israelense matou um comandante sênior do Hezbollah no dia 24 de setembro. O Exército afirmou que o ataque aéreo na capital libanesa matou Ibrahim Qubaisi, que, segundo os israelenses, era o comandante da força de mísseis e foguetes do Hezbollah.

Duas fontes de segurança no Líbano o descreveram como uma figura importante na divisão de foguetes do grupo apoiado pelo Irã.

Mohamed Srur

O Exército israelense afirmou no dia 26 de setembro que matou o chefe da unidade de drones do Hezbollah, Mohamed Srur. "Graças às indicações precisas de inteligência da Força Aérea e da Divisão de Inteligência, aviões de combate atacaram e eliminaram o comandante da unidade aérea do Hezbollah, em Beirute", informou um comunicado militar.

Hassan Nasrallah

No dia 28 de setembro, Tel Aviv informou que matou o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, durante os ataques realizados no sul de Beirute, no Líbano.

O clérigo muçulmano Hassan Nasrallah, 64, liderava o Hezbollah desde 1992. Ele possuía laços estreitos com o Irã, país majoritariamente xiita. Com o apoio do Irã, Nasrallah organizou um grupo para lutar contra a ocupação israelense do Líbano em 1982, durante a guerra civil. O grupo evoluiu para o Hezbollah.

Yahya Sinwar

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto por forças de defesa israelenses nesta quinta-feira (17). A informação foi dada pelas Forças de Defesa de Israel.

Sinwar estava com outros dois membros do Hamas em Tal as Sultan, perto de Rafah, no sul do enclave. Segundo as Forças de Defesa de Israel, soldados mataram três homens armados e só desconfiaram da identidade do líder do Hamas após o assassinato.

O líder do Hamas é apontado como "arquiteto" do ataque terrorista de 7 outubro. Segundo o canal Al Jazeera, ele era considerado "inimigo número 1" de Israel desde então.

*com informações da AFP e Reuters