Sete israelenses são presos suspeitos de espionarem para o Irã

Sete israelenses foram presos suspeitos de espionarem para o Irã durante dois anos, divulgou a polícia nesta segunda-feira (21), segundo o jornal The Times of Israel.

O que aconteceu

As prisões ocorreram no mês passado. "Há uma possibilidade real de que a acusação principal seja ajudar o inimigo em tempo de guerra, para a qual a pena é morte ou prisão perpétua", disse o superintendente chefe Yaron Binyamin, da unidade de crimes graves polícia israelense.

Os suspeitos são moradores do norte do país, que migraram do Azerbaijão. Entre eles há um soldado que desertou do Exército e dois adolescentes de 16 e 17 anos.

Eles teriam realizado cerca de 600 missões para o Irã. Os investigados adultos foram identificados como Azis Nisanov, Alexander Sadykov, Vyacheslav Gushchin, Yevgeny Yoffe e Yigal Nissan, enquanto os menores não foram identificados.

Segundo a polícia, os israelenses interagiram com dois agentes iranianos, identificados como "Alhan" e "Orhan". "Eles estavam desesperados por tarefas, porque estavam desesperados por dinheiro", disse uma fonte policial ao jornal israelense.

Os suspeitos são acusados de passar informações sobre bases e instalações das Forças de Defesa. Estariam entre os alvos o quartel-general de defesa de Kirya, em Tel Aviv, e as bases aéreas de Nevatim e Ramat David, em nome de agentes iranianos com os quais estavam em contato por meio de um intermediário turco.

Alguns dos locais citados na investigação têm sido atacados pelo Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, desde o ano passado. Os espiões também teriam coletado informações sobre baterias, portos e infraestrutura de energia do Domo de Ferro, sistema de defesa aéreo israelense.

Em troca, os suspeitos teriam recebido centenas de milhares de dólares. De acordo com o jornal, parte foi paga em criptomoeda, enquanto o restante do dinheiro foi entregue por turistas russos.

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