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Coreia do Sul: como bolsa de grife da primeira-dama ajudou a escalar crise

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, e a primeira-dama Kim Keon-hee Imagem: Kim Hong-Ji - Pool/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/12/2024 14h53

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou nesta terça-feira (3) lei marcial no país e recuou horas depois. O episódio deixou o país em uma das piores crises políticas de sua história moderna e colocou o futuro de Yoon em suspense. Mas essa não foi a única polêmica de seu governo, que vinha sofrendo críticas devido ao comportamento da primeira-dama, Kim Keon-hee.

O que aconteceu

Os problemas começaram por conta de um vídeo publicado no começo de 2023. Uma gravação, feita com uma câmera escondida e divulgada no Youtube, mostrou a primeira-dama recebendo de presente —e aceitando— uma bolsa da Dior.

A divulgação aconteceu em um canal de política liberal. A câmera escondida em um relógio de pulso flagrou o momento que o pastor coreano-americano chamado Choi Jae-young deu a bolsa de US$ 2,2 mil (cerca de R$ 13 mil) para a primeira-dama fora do complexo presidencial.

Violação de regras. A oposição ao governo acusou Kim de infringir as regras anticorrupção do país ao aceitar a bolsa e pediu investigação. Mesmo assim, o presidente apenas se desculpou meses depois, quando perdeu muito apoio nas eleições legislativas, que aconteceram em abril.

Impacto político. Há quem acredite que o Partido do Poder Popular (PPP), a qual o presidente faz parte, perdeu forças no Parlamento por conta do comportamento da primeira-dama. Esperava-se que ela negasse o presente imediatamente.

Queda no apoio. Além da ver seu partido enfraquecido nas eleições legislativas, Yoon Suk Yeol viu seus índices de aprovação do governo enfraquecerem após o vídeo viralizar. De acordo com a Gallup Korea, a taxa de apoio caiu de 36% para 34%, estando apenas um ponto percentual acima do apoio ao principal partido da oposição.

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