Zoo aposta em 'álbum' com 30 mil fotos para ajudar na preservação de elefantes
Um zoológico na Inglaterra compilou o maior "álbum de fotografias" de elefantes do mundo com imagens de câmeras termográficas que registraram cada detalhe da rotina dos animais.
Os mamíferos vivem no zoológico de Whipsnade, localizado no condado de Bedfordshire, na Inglaterra, e foram fotografados sob diversos ângulos enquanto comiam, brincavam e descansavam.
As cerca de 30 mil imagens têm sido usadas para "treinar" as câmeras a reconhecer a forma de um elefante por meio do calor que o corpo do animal emana. Assim, o equipamento consegue detectar quando o mamífero se aproxima, mesmo no escuro, e emite um alerta.
A expectativa da equipe de pesquisadores do zoo é que a nova tecnologia possa ser uma solução acessível para um problema que tem crescido nos últimos anos: os conflitos entre elefantes e populações humanas.
"É possível detectar os animais a uma certa distância, e o que queremos agora é levar isso a campo para ajudar os animais selvagens e as populações humanas que vivem lado a lado", afirma Alasdair Davies, especialista em tecnologia de conservação de Whipsnade.
Com o avanço das cidades sobre áreas antes preservadas, diversas espécies selvagens, entre as quais os elefantes, passaram a viver cada vez mais próximo dos humanos — uma convivência que nem sempre é harmônica.
Os problemas vão desde a destruição de lavouras até danos a construções ou mesmo perda de vidas. Na Índia, esses conflitos resultam em uma média anual de mortes de 400 pessoas e 100 elefantes.
"Os elefantes são uma espécie icônica, muito importante para a ecologia e economia de muitos países. Assim, é importante preservá-los — mas, se você é um pequeno agricultor que vive vizinho a um parque nacional ou a uma área de proteção, isso vem com um custo alto", diz Kate Evans, da organização conservacionista Elephants for Africa.
Os pesquisadores temem, contudo, que projetos como esse sejam ameaçados pelos cortes de verbas que têm atingido zoológicos no Reino Unido.
Um porta-voz afirmou que, apenas em 2020, o Whipsnade perdeu 20 milhões de libras (cerca de R$ 155 milhões) em receita por conta da pandemia, que levou ao fechamento do local ao público por meses e a uma subsequente reabertura com uma capacidade menor de recepção de visitantes.
Em janeiro, a cidade de Chester anunciou a suspensão temporária de projetos de conservação na África e na Ásia por conta do impacto da crise sanitária em suas finanças.
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