Fundação vai revitalizar jardim histórico de 9.000 metros da casa de Rui Barbosa

Com o projeto pronto e processo de licitação em andamento, a Fundação Casa de Rui Barbosa vai revitalizar seu jardim histórico de 9.000 metros quadrados em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. 

O presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Wanderley Guilherme dos Santos, anunciou que a obra deve durar mais de um ano, com a reforma de todo o sistema de iluminação, drenagem e irrigação."Os jardins da Casa de Rui Barbosa são o quintal das crianças da redondeza, com muito orgulho, em uma época em que não existem mais quintais. As crianças deixam o quintal bonito e cheio de vida".

Outro anúncio feito por Santos foi a aquisição de mais dois imóveis ao fundo da Casa de Rui Barbosa, que estão em processo de finalização do negócio. "Junto com o terreno de outra casa adquirida pela gestão anterior, vamos construir um anexo para ampliar o nosso espaço".

A grande área foi residência do político e intelectual baiano até a sua morte, em 1923. No ano seguinte, o governo comprou o imóvel e os arquivos de Rui Barbosa e transformou o local em um museu, aberto ao público em agosto de 1930. O jardim e a casa estão protegidos pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) por seu valor histórico e artístico desde 1938. Atualmente, a fundação desenvolve atividades de pesquisa, conservação e educação na área.

Jardins históricos

A imensa área verde da casa em Botafogo é dividida em quatro grandes jardins: social, lateral, privado e pérgula. A vegetação ainda é  semelhante à da época de Rui Barbosa, que gostava de cultivar rosas e novas espécies de plantas. 

Entre as árvores plantadas por ele estão a lichia, um pé de fruta-pão e a velha pitangueira. Há ainda outras frutíferas, como jambeiros, mangueiras e abieiros, além das parreiras que se enroscam na estrutura metálica de 40 metros.

O lote onde está a casa pertencia à chácara do conselheiro Figueiredo, que tinha frente para a praia de Botafogo e fundos para a serra. O loto só virou residência quando as grandes chácaras agrícolas do bairro de Botafogo começaram a ser loteadas para abrigar moradias aristocráticas do Império. 

Como era comum na época, as áreas externas das propriedades urbanas serviam de apoio das moradias, com quintais para o cultivo de hortas e pomares, criação de animais, serviços de cozinha e lavagem e despejo de detritos. (Com informações da Agência Brasil)