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Ativista brasileira diz que prisão favoreceu campanha do Greenpeace

Quatro dias depois de deixar a cadeia na Rússia, a ativista brasileira encontra sua mãe em São Petersburgo - Leandro Colon/Folhapress
Quatro dias depois de deixar a cadeia na Rússia, a ativista brasileira encontra sua mãe em São Petersburgo Imagem: Leandro Colon/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

24/11/2013 21h48

Após dois meses de prisão na Rússia, a ativista brasileira Ana Paula Maciel, 31, disse em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo de Televisão, que a ação do governo russo alavancou o protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

"Nós sabíamos que a casa tinha caído para o nosso lado", disse ela ao se referir à invasão de militares russos no navio do Greenpeace. "Foi quando realmente percebemos que o governo russo não teve senso de humor para entender que se tratava de um protesto pacífico", acrescentou ela.

Mas, segundo a bióloga, a prisão dos ativistas não poderia ter sido melhor. "Foram os dois meses mais difíceis de minha vida, mas não foram em vão", acrescentou ela, que completou: "a ação do governo não poderia ter sido melhor para a campanha."

Ana Paula Maciel desembarcou do Brasil, em junho, rumo a Amsterdã (Holanda), e seguiu junto com outros ativistas do Greenpeace no navio Arctic Sunrise, detido pelas autoridades russas em 19 de setembro.

Após o pagamento de fiança, a brasileira deixou no dia 20 de novembro, mais de dois meses depois da detenção. Ao todo, segundo o Greenpeace, 28 dos 30 que foram presos já estão soltos e hospedados num hotel em São Petersburgo.

Nenhum deles, no entanto, pode deixar o país até o fim das investigações. Todos respondem pelos crimes de pirataria e vandalismo e, se condenados, a pena pode chegar a 15 anos de prisão.