Ativista brasileira diz que prisão favoreceu campanha do Greenpeace
![Quatro dias depois de deixar a cadeia na Rússia, a ativista brasileira encontra sua mãe em São Petersburgo - Leandro Colon/Folhapress](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2013/11/24/quatro-dias-depois-de-deixar-a-cadeia-na-russia-a-ativista-brasileira-ana-paula-maciel-31-encontrou-sua-mae-em-sao-petersburgo-1385319699564_615x300.jpg)
Após dois meses de prisão na Rússia, a ativista brasileira Ana Paula Maciel, 31, disse em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo de Televisão, que a ação do governo russo alavancou o protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.
"Nós sabíamos que a casa tinha caído para o nosso lado", disse ela ao se referir à invasão de militares russos no navio do Greenpeace. "Foi quando realmente percebemos que o governo russo não teve senso de humor para entender que se tratava de um protesto pacífico", acrescentou ela.
Mas, segundo a bióloga, a prisão dos ativistas não poderia ter sido melhor. "Foram os dois meses mais difíceis de minha vida, mas não foram em vão", acrescentou ela, que completou: "a ação do governo não poderia ter sido melhor para a campanha."
Ana Paula Maciel desembarcou do Brasil, em junho, rumo a Amsterdã (Holanda), e seguiu junto com outros ativistas do Greenpeace no navio Arctic Sunrise, detido pelas autoridades russas em 19 de setembro.
Após o pagamento de fiança, a brasileira deixou no dia 20 de novembro, mais de dois meses depois da detenção. Ao todo, segundo o Greenpeace, 28 dos 30 que foram presos já estão soltos e hospedados num hotel em São Petersburgo.
Nenhum deles, no entanto, pode deixar o país até o fim das investigações. Todos respondem pelos crimes de pirataria e vandalismo e, se condenados, a pena pode chegar a 15 anos de prisão.
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