Mundo tem maiores concentrações de gases estufa em 800 mil anos
As concentrações de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera alcançaram o nível mais elevado dos últimos 800 mil anos, anunciaram especialistas em um relatório divulgado neste domingo (2) em Copenhague.
A temperatura média na superfície da Terra e dos oceanos aumentou 0,85ºC entre 1880 e 2012, um aquecimento de velocidade inédita, destacou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU (Organização das Nações Unidas).
No Painel, os cientistas destacam que o mundo tem pouco tempo para conseguir manter o aumento global da temperatura abaixo do limite de 2ºC, meta da comunidade internacional.
As emissões mundiais de gases que provocam o efeito estufa devem parar de crescer em cinco anos e ser reduzidas a 70% até 2050. Elas precisariam desaparecer até 2100.
Do total dos gases estufa emitodos, 40% permaneram na atmosfera e o restante ficou armazenado na biomassa do oceano. Por ter absorvido 30% das emissões de CO2, as águas dos mares sofreram acidificação.
A temperatura média na superfície da Terra e dos oceanos subiu 0,85°C entre 1880 e 2012. As três últimas décadas foram sucessivamente as mais quentes desde 1850. Na superfície dos oceanos, a temperatura aumentou 0,11ºC por década entre 1971 e 2010.
Impactos visíveis
Segundo os cientistas, os impactos da emissão de gases estufa são visíveis em todos os continentes e todos os oceanos. Os sistemas hidrológicos, por exemplos, foram alterados pela modificação do regime de precipitações.
O calor verificado nos últimos anos também é sinal do problema. A frequência das ondas de calor aumentou em partes da Europa, Ásia e Austrália. Há regiões em que a probabilidade de ondas de calor dobrou. Hoje, locais onde as precipitações aumentaram são mais numerosas do que aquelas que registraram queda.
O derretimento dos gelos, afetando a disponibilidade e a qualidade da água, é outro impacto verificável em diversas regiões do planeta. Houve também influência na fauna e na flora, com modificações nas migrações de aves e na quantidade de indivíduos de numerosas espécies animais e vegetais, marinhas e terrestres.
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