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Para ONU, urso polar e tubarão-martelo são espécies migratórias em risco potencial

Urso polar caminha em busca de alimento no Alasca - Subhankar Banerjee/AP
Urso polar caminha em busca de alimento no Alasca Imagem: Subhankar Banerjee/AP

04/11/2014 21h30

O urso polar, o leão africano, os tubarões-martelo e as raias podem engrossar a lista de espécies migratórias ameaçadas pelas mudanças climáticas e a caça, segundo uma proposta que começou a ser discutida por delegados da ONU reunidos em Quito.

"Há espécies representativas que estão ameaçadas em nível global e vai ser discutida sua inclusão" nesta lista, disse Bradnee Chambers, secretário-executivo da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS), órgão vinculado à ONU.

A proposta inclui o "urso polar, o leão africano, os tubarões-martelo e as raias, que estão todos ameaçados", acrescentou Chambers durante a instalação do encontro, que se estenderá até o próximo domingo.

No total, 32 espécies são novas, entre mamíferos, peixes e répteis, que podem ser adicionadas à lista de animais em risco de extinção.

Representantes internacionais de 120 países analisarão as mais recentes evidências sobre mudanças climáticas e seu impacto nas espécies migratórias, antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o Clima, que será celebrada no mês que vem, em Lima.


Também serão discutidas "alternativas de energias renováveis que podem permitir a conservação de espécies migratórias, que são debates interessantes que têm muitas arestas e muitos assuntos que se cruzam (...) É o momento de agir", destacou Chambers.

Neste sentido, os países convidados pretendem adotar o plano estratégico 2015-2023 para a preservação de animais que migram periodicamente em busca de comida e condições para a sua reprodução.

Durante essa época, as espécies se movem entre vários hábitats, orientadas pelo Sol, as estrelas e o campo magnético da Terra.

"É preciso buscar formas de proteger o direito à migração dos animais para que cheguemos a respeitar tal direito como se respeita o direito dos seres humanos à sua existência", disse a ministra equatoriana do Ambiente, Lorena Tapia, durante o ato.