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Canadá condiciona reduzir emissões de gases estufa a iniciativa dos EUA

Em Ottawa, no Canadá

09/12/2014 20h52

O Canadá se comprometerá a um programa de redução de gases de efeito estufa nos setores do petróleo e gás só quando os Estados Unidos o fizerem, indicou nesta terça-feira (9) o premiê Stephen Harper.

"Queremos ver regulamentações de petróleo e gás sobre uma base continental, em vista da natureza integrada desta indústria", disse o premiê Stephen Harper, na Câmara dos Comuns canadense.

"Com as condições atuais no setor de petróleo e gás, o governo não considera uma regulamentação unilateral", acrescentou, em alusão à queda dos preços dos combustíveis. O barril de petróleo alcançou neste momento em níveis inéditos em cinco anos.

Segundo cifras do governo canadense, 25% das emissões de dióxido de carbono no Canadá correspondem ao setor de petróleo e gás e 12%, ao setor elétrico.

Em Lima, a ministra canadense do Meio Ambiente, Leona Aglukkaq, indicou nesta terça-feira que o Canadá defendia uma aproximação setorial com a redução de gases de efeito estufa.

Até aqui, o Canadá se ajustou às normas americanas para as emissões veiculares e proibiu a construção de novas usinas térmicas a carvão.

"Apoiamos uma aproximação americana no setor de petróleo e gás", afirmou Aglukkak na tribuna da conferência climática da ONU, a COP20, celebrada em Lima, Peru.

Ao alinhar suas regulamentações com as do vizinho americano, seu principal parceiro comerciao, o Canadá conta com os recursos para "reduzir suas emissões (e) ao mesmo tempo, protegendo nossa economia", acrescentou.

O Canadá deixou o protocolo de Quioto em 2011. O governo conservador de Harper prevê reduzir em 17% suas emissões de gases de efeito estufa em 2020 até situá-los nos de 2005, uma meta similar à dos Estados Unidos.