Coronavírus ameaça progresso nas questões climáticas, diz Fórum de Davos
A pandemia do novo coronavírus ameaça atrapalhar qualquer progresso feito nos últimos anos para lidar com a crise das mudanças climáticas, disseram hoje os organizadores do encontro anual de elites empresariais e políticas na estação de esqui suíça de Davos, o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).
Segundo divulgado pela Associated Press, em uma pesquisa com profissionais do setor industrial para avaliar os riscos globais à luz da pandemia, o Fórum Econômico Mundial afirma que "anos de progresso" no tratamento das mudanças climáticas podem ser desfeitos e que é importante que os países garantam que as questões ambientais estejam no centro dos planos de recuperação.
"Agora temos uma oportunidade única de usar essa crise para fazer as coisas de maneira diferente e reconstruir economias melhores que sejam mais sustentáveis, resilientes e inclusivas", disse Saadia Zahidi, diretora administrativa do Fórum.
O WEF alertou que "omitir critérios de sustentabilidade nos esforços de recuperação ou retornar a uma economia global intensiva em emissões arrisca prejudicar a transição resiliente de baixo carbono".
Na reunião mais recente em Davos, em janeiro, as questões climáticas dominaram as discussões e muitas empresas, assim como os governos nacionais, insistiram que lidar com o aquecimento global seria central para seus programas nos próximos anos.
Estimulados por jovens ativistas climáticos, como Greta Thunberg e Vanessa Nakate, foram feitas promessas de cumprir os compromissos assumidos no Acordo Climático de Paris de 2015.
Desde então, porém, tudo foi revertido pelo coronavírus, que forçou grande parte do mundo a impor bloqueios sem precedentes de suas sociedades.
Os danos econômicos e as dificuldades envolvidas no afrouxamento das restrições estão tendo um impacto econômico colossal, com dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo perdendo seus empregos e muitos países enfrentando potencialmente as recessões mais profundas desde a Segunda Guerra Mundial.
Os quase 350 profissionais seniores de risco nos setores de varejo a manufatura que foram pesquisados para o relatório se preocuparam mais com o impacto econômico, com 68% identificando uma "recessão global prolongada" como provável nos próximos 18 meses.
A onda nas falências e deficiências no setor também tiveram destaque, assim como a preocupação com outro surto de covid-19.
O relatório foi produzido em parceria com a empresa de serviços profissionais Marsh & McLennan e o Zurich Insurance Group.
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