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Biden convida Bolsonaro, Putin e Xi Jinping para reunião sobre clima

27/03/2021 02h19

Washington, 26 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou 40 líderes mundiais para uma cúpula virtual contra a mudança climática, os chefes de governo da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, com quem tem uma relação de rivalidade, e também o do Brasil, Jair Bolsonaro.

De acordo com a nota oficial emitida pela Casa Branca, lideranças de 17 países que são responsáveis por 80% das emissões globais foram convidadas para a cúpula, que será realizada nos dias 22 e 23 de abril, assim como os chefes de Estado e de governo de outras nações que sofrem os efeitos da mudança climática ou que demonstraram vontade de combatê-la.

A Casa Branca também disse que antes do encontro anunciará metas ambiciosas para reduzir as emissões de carbono através do Acordo Climático de Paris, que os EUA deixaram sob o governo de Donald Trump, mas retornaram com a chegada de Biden ao poder. O objetivo da reunião, de acordo com o comunicado, é convidar outros países a formularem seus próprios compromissos para reduzir os gases de efeito estufa.

Entre os líderes latino-americanos convidados, além de Bolsonaro, estão os presidentes de Argentina, Alberto Fernández; Colômbia, Iván Duque; Chile, Sebastián Piñera; e México, Andrés Manuel López Obrador.

Também se espera a presença da presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula Von der Leyen; a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, Emmanuel Macron; o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez; e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Outros convidados incluem o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, que lidera o país com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo.

A Casa Branca espera que o encontro, que Washington vai sediar, sirva para preparar a Cúpula Climática de Glasgow (COP26), que deveria ter sido realizada no final de novembro de 2020, mas foi adiada por causa da pandemia do coronavírus e está programada para ocorrer entre 1º e 12 de novembro deste ano.

Antes de Biden, outros presidentes como George W. Bush e Barack Obama convocaram cúpulas semelhantes com chefes de Estado e de governo de todo o mundo para tratar do problema da mudança climática.

Trump, entretanto, deixou de organizar essas reuniões e, durante seu mandato, revogou dezenas de regulamentos ambientais. Ele sempre se posicionou ao lado do setor de combustíveis fósseis.

Diante disso, Biden quer tornar a crise climática um dos eixos centrais de seu governo. Para isso, criou o cargo de enviado especial do clima dos EUA, para o qual nomeou o ex-secretário de Estado John Kerry, e também prometeu investir US$ 1,7 trilhão em energia limpa e fará com que o país reduza suas emissões de gases de efeito estufa a zero até 2050.