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Incêndio florestal de grandes proporções obriga evacuação de vilarejos na Grécia

As chamas aumentam enquanto bombeiros e voluntários tentam apagar um incêndio na aldeia de Schinos, perto de Corinto, Grécia - REUTERS / Vassilis Psomas TPX
As chamas aumentam enquanto bombeiros e voluntários tentam apagar um incêndio na aldeia de Schinos, perto de Corinto, Grécia Imagem: REUTERS / Vassilis Psomas TPX

Da AFP, em Alepochori

20/05/2021 09h28Atualizada em 20/05/2021 09h28

Vários vilarejos foram evacuados na Grécia, nesta quinta-feira (20), por causa do primeiro grande incêndio florestal da temporada, que ocorre em terreno montanhoso com vista para o Golfo de Corinto.

Nenhuma vítima foi registrada, mas seis vilarejos e dois mosteiros foram evacuados quando o incêndio começou na noite de quarta-feira (19), perto de Schinos, cerca de 90 km a oeste de Atenas, informou um porta-voz dos bombeiros à AFP.

No meio da noite, os moradores foram levados para um abrigo em Alepochori, um vilarejo costeiro no Golfo de Corinto.

"Fomos alertados às 4h da manhã pela polícia, que nos disse para sairmos", contou um idoso à Skai TV. "Não corríamos perigo", assegurou, mas "eles revistaram as casas próximas à procura de pessoas que não podiam se mover por conta própria".

Reforços foram enviados de todo país para conter o incêndio, cuja frente tinha 10 km de largura, segundo as autoridades locais.

"Este é o primeiro grande incêndio de 2021 (...) Alguns vilarejos foram evacuados por precaução", declarou o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, à Skai TV.

"Não temos informações (sobre vidas em perigo) e não tivemos de socorrer ninguém", acrescentou.

O incêndio durou toda noite perto da área protegida das montanhas Geranian, ao norte do istmo de Corinto e da península do Peloponeso. A fumaça preta que se erguia do incêndio era visível da capital.

"Situação claramente melhor"

"A situação está claramente melhor agora", declarou o chefe dos bombeiros, Stefanos Kolokouris, à Skai TV.

Mas "é um grande incêndio de pinhal, (e o) terreno é difícil", acrescentou, estimando que pode, no entanto, ser controlado durante o dia.

Já o prefeito de Loutraki, um resort à beira-mar próximo, teme que os ventos mudem de direção e aticem as chamas.

"A floresta é muito densa e nunca foi queimada antes", disse o prefeito Yiorgos Gionis à Alpha TV.

Apoiados por 62 veículos, 17 aviões e três helicópteros, cerca de 180 bombeiros participam das operações, informou a corporação no Twitter.

Localizada no nordeste de Corinto, a zona afetada é o lar de muitas casas de veraneio. Várias casas foram danificadas, segundo os bombeiros, e algumas queimadas, de acordo com o prefeito de Loutraki.

Quando as chamas atingiram o mar, na quarta à noite, também queimaram dois barcos no vilarejo costeiro de Mavrolimni, relataram as autoridades locais.

A eletricidade foi cortada e deve levar 48 horas para ser restaurada, de acordo com os técnicos no local.

A Grécia enfrenta violentos incêndios florestais todos os verões, alimentados por secas, ventos fortes e temperaturas que frequentemente excedem os 30 graus.

No Peloponeso, no final de agosto do ano passado, o sítio arqueológico de Micenas, um dos mais imponentes do período pré-helênico, foi atingido por um incêndio florestal sem sofrer grandes danos.

E, há dois anos, em 23 de julho de 2018, um incêndio sem precedentes no balneário de Mati, o mais mortal das últimas décadas na Grécia, deixou 102 mortos e queimou a maioria das casas nesta localidade, situada a cerca de 30 km de Atenas.