Biden diz que mundo não pode esperar mais para enfrentar crise climática
"Os sinais são inconfundíveis. A ciência é inegável. E o custo da inação continua escalando", escreveu o mandatário americano no Twitter.
Na mesma rede social, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que o relatório mostra uma "verdade inegável".
"A crise climática alcançou o alerta vermelho para a humanidade", declarou a política democrata, segundo a qual tanto o partido como Biden contam com uma agenda que considera essencial "uma ação climática audaciosa e imediata".
O assessor do Conselho Econômico da Casa Branca, Brian Deese, reagiu ao relatório na mesma rede social e defendeu a redução das emissões de carbono na atmosfera.
Deese frisou que o crescimento econômico não pode ser dissociado das emissões, observando que 41 estados dos EUA, mais o Distrito de Columbia, reduziram as emissões entre 2005 e 2017, enquanto que o produto interno bruto (PIB) cresceu.
"Ao reduzir as emissões, reforçamos diretamente a economia dos EUA, evitando milhões em prejuízos econômicos devido a condições meteorológicas extremas, liderando inovações em tecnologias limpas e mercados de exportação, criando milhões de empregos bem remunerados, tendo um ar mais limpo e saudável, uma força de trabalho mais segura", listou.
No relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) alerta que os glaciares de montanha e nos polos vão continuar derretendo durante décadas ou séculos, mesmo se as emissões forem reduzidas.
O documento também prevê mudanças irreversíveis em milhares de anos na temperatura, acidificação e desoxigenação dos oceanos, e prevê que o nível do mar continuará a subir irremediavelmente, em 28 a 55 centímetros até o final do século, em relação aos níveis atuais, mesmo que se atinja o nível zero de emissões líquidas. EFE
ssa/vnm
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