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Johnson abre COP26 com apelo por ações urgentes contra a mudança climática

01/11/2021 13h14

Glasgow (Reino Unido), 1 nov (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, abriu nesta segunda-feira a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), com um apelo para que a cúpula seja o "início do fim" da luta contra a crise climática global.

"Se fracassarmos, nossos filhos não nos perdoarão. Nos julgarão com amargura e terão razão", disse o premiê britânico, a 120 chefes de governo e Estado que estarão reunidos entre hoje e amanhã na cidade de Glasgow, na Escócia.

No discurso que abriu a COP26, Johnson recorreu à figura do agente secreto James Bond, ao fazer analogia das aventuras para salvar o mundo na ficção, com a ameaça real sofrida pelo planeta.

"Estamos quase na mesma posição de James Bond, exceto que a tragédia é que isso não é uma película. A contagem para o dia do fim do mundo é real, e o relógio está rodando", afirmou o premiê britânico.

"Com dois graus mais, colocaremos em risco a distribuição de alimentos. Com três graus mais, haverá mais incêndios descontrolados e cinco vezes mais seca. Com quatro graus mais, daremos adeus a cidades como Miami e Alexandria", completou.

O discurso de Johnson foi o primeiro entre os líderes globais, que apresentarão as estratégias para cumprir com o objetivo de limitar o aquecimento global em 1,5 grau.

Em seguida, os negociadores indicados pelos governos, blocos comunitários, organizações e empresas, buscarão fechar, durante as duas próximas semanas, um acordo final para a COP26.

"Estava em Paris seis anos atrás, quanto concordamos com as emissões zero e em limitar o aquecimento em 1,5 grau. No entanto, essas promessas não terão sido mais do que 'blá blá blá', se não fizermos desta COP o momento de sermos realistas contra a mudança climática", garantiu Johnson.

"A COP26 não pode e não será o fim da luta contra a mudança climática, no entanto, embora não seja o fim, deve marcar o início do fim", completou, pedindo trabalho com criatividade e imaginação dos líderes globais. EFE