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Putin envia mensagem por vídeo para participantes de reunião sobre florestas

01/11/2021 11h59

Moscou, 1 nov (EFE).- O presidente da Rússia, Vladímir Putin, gravou vídeo contendo uma mensagem dirigida aos participantes da conferência sobre exploração florestal e uso de terras que acontecerá dentro da COP26, já que a cúpula climática das Nações Unidas não permite manifestação semelhante.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva diária.

Anteriormente, Putin já havia divulgado que não participaria da COP26 devido a situação da pandemia da covid-19 na Rússia, que vem registrando seguidos recordes diários no número de mortes e casos.

Além disso, o presidente do país havia indicado que também não poderia participar dos debates por meio de mensagem gravada em vídeo, já que a reunião, que acontece em Glasgow, no Reino Unido, não permite esse formato de manifestação.

Segundo Peskov, além disso, os temas que serão abordados na COP26 estão "ligados" aos assuntos debatidos durante a Cúpula do G20, que aconteceu no último fim de semana em Roma, na Itália.

"Por isso, durante sua intervenção no G20, o presidente já teve a oportunidade de expressar, muito detalhadamente, o ponto de vista russo", afirmou o porta-voz, se referindo a agência climática de Moscou.

Durante o discurso realizado por vídeo durante a cúpula da capital italiana, Putin afirmou que reduzir as emissões que provocam o efeito estufa não é suficiente lutar contra a mudança climática.

O presidente da Rússia planeja melhorar a gestão florestal, aumentar as áreas de reflorestamento, ampliar as áreas de proteção natural e introduzir novas tecnologias agrícolas.

Putin ainda garantiu que o governo país "cumpre com todas as obrigações e toma passos para melhorar a eficiência enérgica da economia local, modernizar a indústria elétrica e diminuir as emissões associadas à produção do petróleo".

Além disso, a Rússia pretende alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060 e que, durante as próximas três décadas, aspira a reduzir o volume de emissões líquidas de CO2 para abaixo da União Europeia (UE). EFE