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Biden anuncia plano de proteção de florestas em escala global

02/11/2021 12h54

Glasgow (Reino Unido) 2 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), um plano global de proteção de florestas, que contará com todas as ferramentas do governo do país, diplomáticas e financeiras.

O líder americano, durante evento sobre o tema, garantiu que o programa será "o primeiro deste tipo" e que, com ajuda do Congresso dos EUA, mobilizará US$ 9 bilhões até 2030, para proteger e restaurar a biodiversidade do planeta, enquanto buscará atrair financiamento da iniciativa privada.

"Vamos garantir que os mercados reconheçam o verdadeiro valor econômico dos sequestradores naturais de carbono e motivar aos governos, proprietários de terra e outros envolvidos a priorizar a preservação", afirmou Biden.

"Os Estados Unidos irão liderar, com seu exemplo em nível nacional, e apoiarão outras nações com florestas e países em via de desenvolvimento a estabelecer e alcançar ambiciosas metas de preservação e restauração", completou.

Biden garantiu que o desmatamento deve ser enfrentado "com o mesmo processo sério aplicado à descarbonização da economia" porque, segundo ele, "as florestas podem ajudar a reduzir as emissões em mais de um terço".

No mesmo evento, realizado durante o segundo dia da COP26, o fundador e presidente da companhia americana Amazon, Jeff Bezos, prometeu US$ 2 bilhões para a proteção da terra na África, através da fundação Bezos Earth Fund.

"Dois terços da terra na África estão degradadas, mas isso pode ser revertido", garantiu o empresário.

A restauração dos recursos naturais, segundo Bezos, "pode melhorar a fertilidade do solo, aumentar o rendimento dele, melhorar a segurança alimentar e acesso à água, criar empregos, impulsionar o crescimento econômico", enquanto ocorre a absorção de carbono.

O grande anúncio de hoje da COP26, no entanto, foi a assinatura de cerca de 100 líderes mundiais - de países que representam 85% das florestas do mundo - de uma declaração de comprometimento em interromper e reverter o processo de desflorestamento e a degradação da terra até 2030.

O documento tem a assinatura do Brasil, assim como dos Estados Unidos, China, Reino Unido, União Europeia, entre outros, e é acompanhado de um financiamento para frear o recuo das massas florestais. EFE