Mercosul defende Acordo de Paris, mas pede respeito às "realidades nacionais"
Isso se reflete no comunicado conjunto de 53 pontos aprovado após a cúpula remota do Mercosul, organizada a partir do Brasil, que depois dessa reunião passou a presidência semestral do bloco ao Paraguai.
O comunicado, que aborda múltiplas questões políticas, econômicas, sociais e ambientais, inclui "a preocupação permanente com as mudanças climáticas" por parte do Mercosul, ao mesmo tempo que apela a uma ação global neste sentido.
O bloco, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, insiste que esta ação climática global deve considerar "os princípios da equidade e das responsabilidades comuns mas diferenciadas e suas respectivas capacidades".
As preocupações ambientais são justamente o principal obstáculo que tem impedido o Mercosul de concretizar um acordo econômico e comercial abrangente com a União Europeia, assinado em 2019 após duas décadas de negociações.
Vários países europeus condicionaram a aprovação desse acordo a medidas concretas por parte do Brasil para acabar com o desmatamento ilegal da Amazônia e outras políticas que prejudicam o meio ambiente regional.
No documento, os signatários apelam aos países desenvolvidos "a cumprir a meta de mobilização anual de US$ 100 bilhões a partir de 2020" para alcançar o cumprimento global dos compromissos do Acordo de Paris.
A declaração foi aprovada pelos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro; Argentina, Alberto Fernández; Paraguai, Mario Abdo Benítez; e Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou; além do boliviano, Luis Alberto Arce, cujo país está em processo de adesão ao Mercosul. EFE
ag/phg
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