Cuba tem população mais velha entre países do Caribe, indica órgão local

Havana, 12 jul (EFE).- Atualmente, 21,6% dos 11,1 milhões de habitantes de Cuba têm mais de 60 anos, o que faz o país um dos mais envelhecidos do Caribe, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos de População e Desenvolvimento do Escritório Nacional de Estatística e Informação (Onei).

Diego González, chefe do órgão, indicou ao jornal estatal "Granma" que, no ano passado foram registrados 99.096 nascimentos, e 167.645 mortes. Os óbitos, sobretudo, ocorreram por "doenças degenerativas relacionadas à velhice".

Atualmente, o governo busca aumentar a taxa de natalidade do país, que está situada em 1,45 filho por mulher, elevando o indicador por 2,1.

"No fim de março, a população preliminar de Cuba era de 11.105.814 pessoas. São 7.401 pessoas a menos do que no término de 2021", explicou González.

O líder do Onei destacou que "o envelhecimento é reflexo da alta expectativa de vida da população cubana, que chega aos 78,45 anos".

O país caribenho enfrenta há alguns anos o desafio demográfico de uma população em queda sustentada, devido a alta expectativa de vida, a baixa natalidade e o saldo migratório negativo.

Estudos do Onei estimam que em 2030, cerca de 30% da população cubana terá mais de 60 anos.

A isso, se somam os efeitos da migração, com a previsão de que, no exterior, vivam cerca de 2,5 milhões de cubanos.

Segundo o Departamento de Aduanas e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, apenas nos oito primeiros meses do atual ano fiscal - que começou em outubro de 2021 -, chegaram 140.602 migrantes procedentes de Cuba.

O número supera o maior êxodo de cubanos da história, registrado em 1980, quando 125 mil pessoas saíram do porto de Mariel em apenas sete meses. EFE