Que animais conseguem sorrir ou chorar, além dos humanos?
Assim como os seres humanos, os animais têm sentimentos. Embora nem sempre sejamos capazes de identificá-los, muitos bichos conseguem até mesmo rir e chorar. Sem esperar deles explosões de risos ou lágrimas, é possível perceber o estado de espírito animal por meio dos sons que eles emitem, das expressões faciais ou dos comportamentos que manifestam.
Os primatas estão entre os animais que mais se parecem com os humanos quando sorriem ou choram. Chimpanzés, gorilas e orangotangos têm expressões e vocalizações quase humanas. Ainda são capazes de sentir cócegas e expressar tristeza com mais emoção.
Quem tem um cachorro de estimação também pode saber quando o bichinho está sorrindo ou chorando. Cães felizes costumam abrir a boca, em um quase riso. Se choram, emitem gemidos de partir o coração.
Até mesmo ratos podem sorrir. Uma pesquisa realizada pela Washington State University constatou que ratos sorriem quando sentem cócegas e brincam de rolar no chão. O som que eles emitem é imperceptível aos ouvidos humanos —foi preciso usar um gravador ultrassônico para ouvir as "risadas".
Entretanto, de todos os animais, apenas humanos soltam lágrimas de emoção.
Aves, répteis e peixes não expressam sentimentos claramente
As expressões dos sentimentos dos animais variam de acordo com o desenvolvimento do sistema límbico de cada espécie, localizado abaixo do córtex cerebral. Aves, répteis e peixes já não expressam de maneira tão clara os sentimentos, porque o sistema límbico de animais dessas classes é menos evoluído do que o dos mamíferos. Neles, os instintos são os mais básicos: o sistema emocional pouco desenvolvido atua na reprodução, na alimentação, no sono e na manutenção do território, por exemplo.
Isso não quer dizer que esses bichos não tenham sentimentos e não sejam capazes de pensar. Estudos realizados com o papagaio-cinzento Alex, por exemplo, mostraram que o pássaro não apenas imitava a fala humana, mas conseguia entender diversos conceitos.
Alex, que morreu em 2007, aos 31 anos, tinha um vocabulário de centenas de palavras e sabia relacioná-las aos objetos que tinha por perto, distinguir cores e números. Ele aprendeu tudo isso graças ao método de ensino da psicóloga Irene Pepperberg, pesquisadora das universidades Brandeis e Harvard.
Se os cientistas ainda sabem pouco sobre o cérebro dos humanos, os dos animais são também um mistério.
Fonte: Silvia Helena Cardoso, neurocientista.
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