Cassado no Rio, deputado Álvaro Lins critica imprensa e diz que o "atirar deputado aos leões não saciará os porcos"
Logo após ter o seu mandato de deputado estadual cassado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins (PMDB-RJ) deixou o plenário da Casa sem falar com a imprensa. No seu discurso de defesa, entretanto, o tom já era de derrota. "Eu não vim aqui para me defender, eu vim para recorrer. A imprensa já me condenou", disse.
Em votação apertada e secreta, os parlamentares da Alerj aprovaram por quebra de decoro a perda do mandato de Lins por 36 votos a favor e 24 contra, além de três abstenções. O ex-chefe da Polícia Civil foi denunciado em maio pelo Ministério Público Federal acusado de usar a estrutura da corporação nos crimes de lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando.
Ainda em seu discurso de defesa, Lins usou o livro do escritor inglês George Orwell, "A Revolução dos Bichos", para ilustrar a situação em que, na sua opinião, os "animais" se viraram contra "o homem". "Não vai ser atirando o deputado aos leões que vamos saciar os porcos", comparou. No best-seller de Orwell, os porcos são os líderes dos animais na revolução contra a espécie humana.
Caça-níqueis
Álvaro Lins sustentou por todo o tempo a sua inocência na Alerj. E desafiou os órgãos de Segurança Pública fluminenses na questão da máfia dos caça-níqueis, no qual é acusado de fazer "vista grossa" ao não reprimir tal atividade quando chefiava a Polícia Civil. "Eu desafio qualquer governo, qualquer chefe de polícia do Rio de Janeiro que tenha apreendido mais máquinas caça-níqueis do que eu", afirmou.
Estádio de futebol
Pouco mais de cem pessoas estiveram presentes à Alerj para presenciar a sessão que definiria a perda do mandato de Álvaro Lins. E a torcida ficou dividida. Cerca de metade dos militantes defendiam o ex-chefe da Polícia Civil portando faixas com dizeres como: "Álvaro Lins, o Rio confia em você", "Belford Roxo está a seu lado" e "Quem prendeu os maiores bandidos do Rio merece o nosso apoio".
Prisão
Suspeito de integrar esquemas de corrupção passiva, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito, Álvaro Lins foi preso em maio durante a operação Segurança Pública S/A da Polícia Federal. Ele também responde por um suposto envolvimento com milícias, que teriam apoiado sua campanha eleitoral.
O deputado estadual ficou na sede da Polícia Federal por um dia. Devido à imunidade parlamentar, sua prisão foi votada em plenário na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que, por 40 votos a 15, considerou que a prisão de Lins era ilegal.
Na última segunda-feira (11) Lins retirou o recurso que pedia a anulação do processo de cassação apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado estadual afirmou que gostaria de decidir isso nesta terça-feira (12), e espera ser absolvido. Antes disso, ele também deixou de comparecer na data marcada para o seu depoimento por duas vezes e não cumpriu o prazo para entrega de sua defesa.
Álvaro Lins cumpria o seu primeiro mandato como deputado estadual e responde pela segunda vez a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Alerj. Na primeira vez, Lins foi acusado de envolvimento com fraudes no auxílio-educação, que causou um rombo de R$ 3 milhões nos cofres públicos. Na ocasião o deputado foi absolvido. Na ocasião o deputado foi absolvido.
Em votação apertada e secreta, os parlamentares da Alerj aprovaram por quebra de decoro a perda do mandato de Lins por 36 votos a favor e 24 contra, além de três abstenções. O ex-chefe da Polícia Civil foi denunciado em maio pelo Ministério Público Federal acusado de usar a estrutura da corporação nos crimes de lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando.
Ainda em seu discurso de defesa, Lins usou o livro do escritor inglês George Orwell, "A Revolução dos Bichos", para ilustrar a situação em que, na sua opinião, os "animais" se viraram contra "o homem". "Não vai ser atirando o deputado aos leões que vamos saciar os porcos", comparou. No best-seller de Orwell, os porcos são os líderes dos animais na revolução contra a espécie humana.
Caça-níqueis
Álvaro Lins sustentou por todo o tempo a sua inocência na Alerj. E desafiou os órgãos de Segurança Pública fluminenses na questão da máfia dos caça-níqueis, no qual é acusado de fazer "vista grossa" ao não reprimir tal atividade quando chefiava a Polícia Civil. "Eu desafio qualquer governo, qualquer chefe de polícia do Rio de Janeiro que tenha apreendido mais máquinas caça-níqueis do que eu", afirmou.
Estádio de futebol
Pouco mais de cem pessoas estiveram presentes à Alerj para presenciar a sessão que definiria a perda do mandato de Álvaro Lins. E a torcida ficou dividida. Cerca de metade dos militantes defendiam o ex-chefe da Polícia Civil portando faixas com dizeres como: "Álvaro Lins, o Rio confia em você", "Belford Roxo está a seu lado" e "Quem prendeu os maiores bandidos do Rio merece o nosso apoio".
Prisão
Suspeito de integrar esquemas de corrupção passiva, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito, Álvaro Lins foi preso em maio durante a operação Segurança Pública S/A da Polícia Federal. Ele também responde por um suposto envolvimento com milícias, que teriam apoiado sua campanha eleitoral.
O deputado estadual ficou na sede da Polícia Federal por um dia. Devido à imunidade parlamentar, sua prisão foi votada em plenário na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que, por 40 votos a 15, considerou que a prisão de Lins era ilegal.
Na última segunda-feira (11) Lins retirou o recurso que pedia a anulação do processo de cassação apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado estadual afirmou que gostaria de decidir isso nesta terça-feira (12), e espera ser absolvido. Antes disso, ele também deixou de comparecer na data marcada para o seu depoimento por duas vezes e não cumpriu o prazo para entrega de sua defesa.
Álvaro Lins cumpria o seu primeiro mandato como deputado estadual e responde pela segunda vez a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Alerj. Na primeira vez, Lins foi acusado de envolvimento com fraudes no auxílio-educação, que causou um rombo de R$ 3 milhões nos cofres públicos. Na ocasião o deputado foi absolvido. Na ocasião o deputado foi absolvido.
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