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Deputados entram com pedido de impeachment contra governador do Amapá

O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias - 22.out.2002 - Folha do Amapá/Folhapress
O ex-governador do Amapá, Waldez Góes (esq.) e o atual governador, Pedro Paulo Dias Imagem: 22.out.2002 - Folha do Amapá/Folhapress

Especial para o UOL Notícias

Em Macapá

14/09/2010 11h11

Os deputados estaduais Camilo Capiberibe (PSB), candidato ao governo do Amapá, Ruy Smith (PSB) e Joel Banha (PT) protocolaram na manhã desta terça-feira (14) na Assembleia Legislativa do Estado um pedido de impeachment do governador Pedro Paulo Dias (PP), candidato à reeleição e preso na Operação Mãos Limpas na última sexta-feira em Macapá.

Veja o que a PF apreendeu na operação

Hoje acontece a primeira sessão da Assembleia Legislativa depois da Operação que prendeu 18 pessoas em Macapá, entre elas o governador e o ex-governador Walder Góes (PDT), candidato ao Senado.

Os três deputados que protocolaram o pedido de impeachment tentam que ele entre em pauta imediatamente para que o impeachment, se ocorrer, aconteça antes da eleição de outubro.

O documento agora será analisado pelo presidente da Assembleia Legislativa, o também candidato ao governo Jorge Amanajás (PSDB), que até alguns meses atrás era aliado de Dias e de Waldez Góes.

Operação Mãos Limpas

Na última sexta-feira (10), a Polícia Federal executou a Operação Mãos Limpas, que prendeu 18 pessoas, entre políticos (Góes e Pedro Paulo), servidores públicos e empresários. A PF apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro, cinco carros de luxo – uma Ferrari, uma Maserati, duas Mercedes e um Mini Cooper – e duas armas durante a ação.

As apurações da PF revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

A PF disse que a maioria dos contratos firmados pela Secretaria de Educação do Amapá não respeitava as formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.