Preta Gil diz que tentará impedir reeleição de Bolsonaro
Envolvida em uma polêmica com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a cantora Preta Gil afirmou nesta terça-feira (17) durante uma assembleia com membros do movimento gay na Câmara dos Deputados, em Brasília, que tentará impedir a reeleição do parlamentar fluminense. Em um programa de TV, ele atacou a família da artista com uma afirmação considerada preconceituosa por negros. O ex-militar, que está no sexto mandato, admitiu ser homofóbico, mas não racista.
"Falo o que penso porque tenho imunidade", diz Jair Bolsonaro
A cantora disse que não citaria o nome de Bolsonaro “porque ele não merece”. Mas se referiu a ele como integrante de uma “banda podre” da sociedade. “O que ele quer é ibope, é aparecer às nossas custas. Isso ele não vai conseguir”, afirmou ela, filha do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. “Quero fazer com que esse deputado não seja reeleito no Estado dele. A população, infelizmente, é mal informada”, disse Preta.
“Não me sinto diminuída, me sinto fortalecida por aquilo que ele disse. É importante que as pessoas dêem a cara a tapa e nós temos inimigos. Temos que lutar contra eles, com alegria, com arte e com música”, afirmou a cantora que se diz “negra e bissexual, assumidamente”.
Ela também criticou “pseudo-humoristas”, que “algumas vezes ajudam a expor, esclarecer, e outras vezes nem tanto”. “Estou sendo atacada por todos os lados”, disse a cantora.
Apesar de rumores de que Bolsonaro poderia comparecer para tumultuar o 8º seminário de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros, até o fim da primeira parte do encontro ele não compareceu.
Semana passada, o deputado foi a escolas do Rio de Janeiro para distribuir panfletos que irritaram os homossexuais e que condenavam a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de reconhecer uniões civis de pessoas do mesmo sexo.
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