"Tive a proteção de Deus", diz prefeito de Coari (AM), vítima de atentado
O prefeito do município de Coari (370 km de Manaus), Arnaldo Mitouso (PMN), recebeu alta na manhã deste sábado (6), após ter sido baleado no pescoço durante um atentado, na noite de ontem, em Manaus. Segundo os médicos, a bala atravessou o pescoço dele, mas não feriu a veia aorta nem comprometeu outros órgãos.
A segurança particular do prefeito foi reforçada. Ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, em seguida à Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas, onde irá prestar depoimento nesta tarde.
“Tive a proteção de Deus. Muitas balas vieram na minha direção, e só tive tempo de baixar a cabeça. Fiquei ferido no pescoço, mas sobrevivi”, disse Mitouso, emocionado. O segurança dele, Celidônio Silva, 54, foi atingido de raspão na cabeça e também sobreviveu.
Mitouso contou que, por volta de 23h30, havia saído de um jantar com amigos e aliados políticos e seguia para a residência dele, na zona norte de Manaus, quando foi abordado por quatro homens que estavam em um carro, modelo Palio, de placas não identificadas, nas proximidades do aeroporto internacional Eduardo Gomes.
Sete disparos foram efetuados contra o carro do prefeito, uma picape Hilux. "Estávamos em movimento quando os disparos foram feitos", disse.
Motivação política
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Coari, Diego Braga, afirmou que o crime pode ter tido motivação política, mas a suspeita está sendo investigada. Segundo ele, há cerca de uma semana, em Coari, o prefeito decidiu doar 3.000 lotes de terra para famílias que invadiram um terreno particular e que algumas ficaram feridas após entrarem em confronto com a polícia.
“A reintegração de posse foi violenta, o prefeito doou as terras, irritando bastante o dono do imóvel. Não temos outra suspeita, porque as adversidades políticas estão sob controle”, afirmou.
Mitouso está no poder desde 2009. Ele responde a 16 processos no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e a um processo pelo assassinato do ex-prefeito Odair Carlos Geraldo, em agosto de 1995. O julgamento estava marcado para o segundo semestre deste ano.
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