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Para Dilma, discursar na ONU foi orgulho duplo por representar o Brasil e as mulheres

Ana Paula Rocha<br>Do UOL Notícias

Em São Paulo

28/09/2011 15h06

Durante discurso na cerimônia de assinatura do pacto norte do Plano Brasil sem Miséria, lançado nesta quarta-feira (28) em Manaus, a presidente Dilma Rousseff falou pela primeira vez em uma cerimônia oficial sobre sua satisfação em ter sido a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU. “Naquela ocasião, meu orgulho foi duplo: orgulho pelo Brasil e orgulho pelas mulheres”, afirmou.

Dilma diz que discursar na ONU deu orgulho pelo Brasil e pelas mulheres


A presidente voltou a afirmar que o Brasil está preparado para enfrentar a crise econômica mundial. “A crise arrasta uma parte expressiva dos países ricos e é uma crise que desemprega milhões de homens e mulheres no mundo. O Brasil vive um momento diferente. Estamos em um momento em que nossa taxa de desemprego atingiu seu menor nível na história.”

Dilma também disse que o Programa Brasil sem Miséria é uma forma de combater a crise. “Quando tiramos 16 milhões de pessoas da pobreza, estamos contribuindo não só para estes 16 milhões, mas para cada um dos empresários, dos trabalhadores, dos intelectuais, dos médicos, dos profissionais da saúde melhorarem de vida”, afirma.  

A estimativa do Governo Federal é de que haja no Brasil cerca de 16,5 milhões de pessoas em pobreza extrema. Apenas no Amazonas, em média 650 mil pessoas vivem nestas condições. No evento, além do governo federal, governadores e representes de municípios da região norte assinaram termo de compromisso para acabar com a miséria na região. Dilma destacou em seu discurso a importância de todos os envolvidos focarem no projeto independentemente de “diferenças partidárias ou quaisquer outras considerações”.

Outro aspecto destacado foi a criação do Bolsa Verde, um benefício de R$ 100,00 mensais que será concedido a famílias que moram em regiões de reserva natural ou de florestas. O benefício não anula o recebimento do Bolsa Família e tem como um dos principais alvos famílias de extrativistas. De acordo com Dilma, pelo menos 1.084 famílias já foram identificadas com este perfil. Até o fim do ano, o governo espera contemplar 18 mil famílias com este benefício.

Dilma voltou a destacar a importância de se investir em saúde e na formação de médicos que se formem nas regiões em que irão exercer a profissão, evitando assim a falta de profissionais em algumas regiões.