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Revista diz que Demóstenes Torres teria faturado R$ 50 mi ao associar-se com bicheiro

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) - Lula Marques/Folha imagem
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) Imagem: Lula Marques/Folha imagem

Do UOL, em São Paulo

23/03/2012 18h54


Reportagem publicada no site da revista "CartaCapital", assinada por Leandro Fortes, afirma que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) arrecadou R$ 50 milhões após se associar com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que, segundo a Polícia Federal, controlava uma rede de 8.000 máquinas ilegais de caça-níqueis e 1.500 bingos clandestinos.

A reportagem diz ter obtido, junto ao núcleo de inteligência policial da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, um relatório sigiloso da Operação Monte Carlo, que dá detalhes da relação entre o senador e o bicheiro.

Segundo a publicação, o esquema de Cachoeira rendeu R$ 170 milhões nos últimos seis anos, dos quais Demóstenes teria ficado com cerca de 30%.

Blog do Josias: Demóstenes pediu dinheiro a Cachoeira, diz PF

Em relatório enviado à Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal informou que o senador Demóstenes Torres, líder do DEM, pediu dinheiro ao bicheiro e explorador de caça níquéis Carlinhos Cachoeira. A notícia ganhou as páginas do Globo. De acordo com o jornal, o documento da PF foi enviado à Procuradoria em 15 de setembro de 2009. E o procurador-geral da República Roberto Gurgel nada fez.

Ainda segundo a reportagem, a Polícia Federal saberia, desde 2006, que o senador, que é ex-procurador, ex-delegado e ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, teria relação direta com o grupo de Cachoeira.

Além de Demóstenes, os deputados federais por Goiás Rubens Otoni (PT), Carlos Alberto Leréia (PSDB) e Jovair Arantes (PTB) teriam envolvimento com o bicheiro, diz a revista.

Ainda de acordo com a "CartaCapital", o senador teria conseguido manter em sigilo sua suposta ligação com Cachoeira após subornar um delegado da PF em Goiás que estava entre os 35 presos na operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro.

O UOL procurou o senador, mas não obteve resposta.

O presidente do DEM federal, o senador José Agripino Maia (RN) falou ao blog do Josias sobre as denúncias. “O senador Demóstenes foi à tribuna. Terminou o seu discurso dizendo que queria ser investigado. A posição do partido é de apoiar esse compromisso dele. Onde estão as denúncias? Dizem que há gravações na Procuradoria Geral da República. Que se se investigue.”