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Decisões do STF não são verdades irrefutáveis, diz Genoino após condenação por mensalão

Fabiana Nanô

Do UOL, em São Paulo

10/10/2012 14h38Atualizada em 10/10/2012 14h40

O ex-presidente do PT José Genoino anunciou nesta quarta-feira (10) que deixa o cargo de assessor que ocupa no Ministério da Defesa após sua condenação no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Em seguida, na tarde desta quarta, ele leu uma carta aberta a jornalistas, na sede do PT, em São Paulo, em que diz que as decisões do Supremo não são "verdades irrefutáveis".

"Dizem, no Brasil, que as decisões do Supremo Tribunal Federal não se discutem, apenas são cumpridas. Devem ser assumidas, portanto, como verdades irrefutáveis. Discordo", diz a carta de Genoino, que a leu tremendo, pois estava muito nervoso. "Estou indignado. Uma injustiça monumental foi cometida. A corte errou", continua a carta.

Genoino ainda afirma que o tribunal, "sem provas para me condenar", baseou-se na circunstância de ele ter sido ex-presidente do PT. "Isso é suficiente?", questiona.

O ex-presidente do PT também critica o fato de o julgamento acontecer em meio a uma "sistemática campanha de ódio contra o meu partido" e em meio às eleições municipais.

Por fim, Genoino afirma que deixa seu cargo como assessor especial no Ministério da Defesa. "Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes. Não me envergonho de nada."

Entenda o dia a dia do julgamento