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Parlamentares governistas defendem corte "razoável" no Orçamento 2013

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior - Wilson Dias/Agência Brasil
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

22/05/2013 14h44

Apesar das emendas parlamentares terem sido alvo de contingenciamento, o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), avaliou nesta terça-feira (22) que os cortes de R$ 28 bilhões no Orçamento Geral da União deste ano foram “razoáveis”.

“Acho que esse ajuste é necessário, sim. É preciso fazer corte. Nós fizemos corte no Senado. Já fizemos economias várias, inclusive no custeio (gastos com a máquina pública). É natural que o Executivo faça remanejamento”, afirmou o senador. Para ele, será necessário um planejamento antes de fazer um Orçamento impositivo.

Somente em emendas referentes aos deputados e senadores foram bloqueados R$ 15,6 bilhões dos R$ 22,7 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional, cujos recursos estão embutidos em cortes feitos nos ministérios.  

A avaliação dele foi semelhante do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi relator do orçamento no ano passado.

“No ano passado foram R$ 55 bilhões [de contingenciamento]. Neste ano, o centro da meta que eu estava prevendo seria R$ 30 bilhões, se o governo fizer R$ 25 bilhões, R$ 28 bilhões, está dentro do que é previsto, do que é razoável, porque todo ano o governo tem que contingenciar, porque tem que fazer um superávit primário alto e, portanto, esse contingenciamento é necessário para ir dosando o gasto”, disse Jucá.

O líder do PT na Câmara, o deputado José Guimarães (CE), destaca que, apesar do contingenciamento, todos os programas que garantem o crescimento da economia brasileira estão preservados.

“Essa reorientação de despesa que o governo fez é um ato de rotina, mesmo considerando o volume, muito inferior aos anos anteriores e, principalmente, no ano em que a oposição dizia que a crise era muito grande.”

Guimarães minimizou a falta de recursos para as emendas parlamentares. “Essas emendas, muitas vezes, são ficção. O que o governo avaliou é que todas as que têm relação com obras em execução estão preservadas. Evidentemente que tudo faz falta, mas [é melhor] R$ 7 bilhões bem orientados a ter R$ 15 bilhões no papel e não executar, não adianta nada”, completou. 

Os órgãos que sofreram maior enxugamento

ÓrgãoValor (em bilhões de reais)
Ministério das CidadesR$ 5,025
Operações oficiais de créditoR$ 5,016
Ministério da DefesaR$ 3,678
Ministério do TurismoR$ 1,967
Ministério da Integração NacionalR$ 1,626
Ministério do EsporteR$ 1,5
Ministério dos TransportesR$ 1,262