Parlamentares governistas defendem corte "razoável" no Orçamento 2013
Apesar das emendas parlamentares terem sido alvo de contingenciamento, o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), avaliou nesta terça-feira (22) que os cortes de R$ 28 bilhões no Orçamento Geral da União deste ano foram “razoáveis”.
“Acho que esse ajuste é necessário, sim. É preciso fazer corte. Nós fizemos corte no Senado. Já fizemos economias várias, inclusive no custeio (gastos com a máquina pública). É natural que o Executivo faça remanejamento”, afirmou o senador. Para ele, será necessário um planejamento antes de fazer um Orçamento impositivo.
Somente em emendas referentes aos deputados e senadores foram bloqueados R$ 15,6 bilhões dos R$ 22,7 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional, cujos recursos estão embutidos em cortes feitos nos ministérios.
A avaliação dele foi semelhante do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi relator do orçamento no ano passado.
“No ano passado foram R$ 55 bilhões [de contingenciamento]. Neste ano, o centro da meta que eu estava prevendo seria R$ 30 bilhões, se o governo fizer R$ 25 bilhões, R$ 28 bilhões, está dentro do que é previsto, do que é razoável, porque todo ano o governo tem que contingenciar, porque tem que fazer um superávit primário alto e, portanto, esse contingenciamento é necessário para ir dosando o gasto”, disse Jucá.
O líder do PT na Câmara, o deputado José Guimarães (CE), destaca que, apesar do contingenciamento, todos os programas que garantem o crescimento da economia brasileira estão preservados.
“Essa reorientação de despesa que o governo fez é um ato de rotina, mesmo considerando o volume, muito inferior aos anos anteriores e, principalmente, no ano em que a oposição dizia que a crise era muito grande.”
Guimarães minimizou a falta de recursos para as emendas parlamentares. “Essas emendas, muitas vezes, são ficção. O que o governo avaliou é que todas as que têm relação com obras em execução estão preservadas. Evidentemente que tudo faz falta, mas [é melhor] R$ 7 bilhões bem orientados a ter R$ 15 bilhões no papel e não executar, não adianta nada”, completou.
Os órgãos que sofreram maior enxugamento
Órgão | Valor (em bilhões de reais) |
Ministério das Cidades | R$ 5,025 |
Operações oficiais de crédito | R$ 5,016 |
Ministério da Defesa | R$ 3,678 |
Ministério do Turismo | R$ 1,967 |
Ministério da Integração Nacional | R$ 1,626 |
Ministério do Esporte | R$ 1,5 |
Ministério dos Transportes | R$ 1,262 |
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