Topo

Vaccarezza evita comentar críticas e diz que é da "linha de frente" de Dilma e do PT

Do lado de fora de reunião do PT realizada no último sábado sábado (20), militantes protestam contra a permanência do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) na comissão de trabalho da Câmara que discute a reforma política - Andre Borges/Folhapress
Do lado de fora de reunião do PT realizada no último sábado sábado (20), militantes protestam contra a permanência do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) na comissão de trabalho da Câmara que discute a reforma política Imagem: Andre Borges/Folhapress

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

24/07/2013 13h10

Alvo de críticas do próprio PT por comandar o grupo que estuda a reforma política na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) evitou contra-atacar colegas de partido que o criticaram.  “Em relação ao que disseram de mim desde o começo, a minha posição foi não responder. Eu faço parte da linha de frente da Dilma e do PT. Faço e fiz e vou continuar fazendo”, afirmou o parlamentar nesta quarta-feira (24) em Brasília.

Na última sexta-feira (19), o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PB), divulgou uma nota na qual dizia que Vaccarezza não representava o partido ao dizer que as propostas de reforma política, a serem apresentadas em 90 dias, não valeriam para as eleições de 2014. O PT, que se reuniu no último sábado em Brasília, também criticou o deputado, indicado pelo PMDB para integrar o grupo de 14 deputados.

Sou da linha de frente de Dilma e do PT, diz Vaccarezza

Ainda na sexta, Vaccarezza postou uma resposta em seu Twitter: “Convido alguns políticos a poupar energia para ajudar a viabilizar a realização do plebiscito, que dizem defender”. No mesmo post, ele colocou o link para uma nota oficial publicada em seu site dizendo que “ao se concentrarem em ataques pessoais, ajudam a aprofundar a descrença da sociedade em seus representantes e nos partidos políticos”.

No sábado (20), repetiu a mensagem e completou: “Eu faço parte dos companheiros que defendem muito o governo. Os ataques a mim são injustos e desnecessários. Podem contar comigo”.

Antes de Guimarães, a bancada da legenda, com apoio de mais de 30 deputados, pediu para que Vaccarezza não ficasse como coordenador do grupo de trabalho, cedendo seu lugar ao deputado Henrique Fontana (PT- RS).

Com o racha na legenda, Fontana – que já tinha sido relator de propostas de reforma política – desistiu do posto e o PT indicou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) para compor o comitê.  

Segundo o líder petista José Guimarães, a legenda tem "a posição unitária em defesa do plebiscito" e insistirá na mobilização para conseguir as 171 assinaturas necessárias para apresentação de um decreto legislativo que convoque a consulta popular.

O assunto foi tratado neste fim de semana durante a reunião do diretório nacional do PT.  Houve uma votação e por 43 votos a favor e 27 contra, os petistas decidiram que Vaccarezza permanece no comando do grupo de trabalho, mas ressaltaram que quem representa o partido é Berzoini.

Nesta quarta, Vaccarezza lançou na Câmara dos Deputados um site que deve receber opiniões da população sobre a reforma.

"Desta vez, vai ter votação da reforma política. Todas as pessoas querem que tenha uma mudança. Houve uma mudança no Brasil depois de todas as manifestações. Eu destaco que há duas questões das mais debatidas entre os deputados que tenho sido mais perguntado: financiamento de campanha e sistema eleitoral", afirmou o petista.