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Pedro Côrrea e ex-dirigente do Rural se entregam à Polícia Federal em Brasília

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

05/12/2013 18h19Atualizada em 05/12/2013 20h02

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) foi o primeiro a se entregar na Superintendência do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira (5), após o STF (Supremo Tribunal Federal) expedir mandado de prisão contra ele e outros três condenados no julgamento do mensalão. Uma hora mais tarde, foi a vez de Vinícius Samarane, ex-dirigente do Banco Rural, que se apresentou na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF).

Veja quem são os quatro condenados

Valdemar Costa Neto (PR-SP)
Pedro Corrêa (PP-PE)
Bispo Rodrigues (PL-RJ)
Vinícius Samarane, ex-dirigente do Banco Rural

Nesta quinta, o Supremo expediu mandados de prisão contra quatro condenados no julgamento do mensalão. Além de Corrêa e Samarane, devem ser presos ainda hoje o ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Bispo Rodrigues (antigo PL-RJ).

Corrêa foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele era deputado da base aliada do governo Lula durante o escândalo do mensalão, em 2005. Já Samarane foi condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

Samarane foi condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Ele será transferido para a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.

Após ter a ordem de prisão expedida pelo Supremo, Valdemar Costa Neto renunciou, através de carta, ao seu mandato na Câmara dos Deputados.

Cronologia do mensalão

  • Nelson Jr/STF

    Clique na imagem e relembre os principais fatos do julgamento no STF

Dos 25 condenados no julgamento, Barbosa já emitiu mandado de execução da pena de 19 deles. Doze foram expedidos durante o feriado de 15 de Novembro e 11 já começaram a cumprir a pena, entre eles os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, além de Marcos Valério, operador do esquema. O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido. Outros três vão cumprir penas alternativas – multas e prestação de serviços.

Em relação ao deputado Pedro Henry (PP-MT), falta o Ministério Público enviar um parecer para que Barbosa decida. Quanto a Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério, já há um parecer do procurador opinando pela rejeição do recurso e depende agora do ministro Barbosa decretar o trânsito em julgado.

O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema, também ainda não teve o seu mandado de prisão executado porque o Judiciário aguarda laudo de uma perícia médica que o avaliou ontem. Com base nesse laudo, a Justiça irá definir se ele irá cumprir a pena em regime domiciliar.

Do total, três réus ainda não podem ser presos porque têm direito a recursos em todos os crimes pelos quais foram condenados.