Após protesto, polícia cria cordão de isolamento para palco de Dilma em PE
Cerca de 80 pessoas realizam um protesto, na tarde desta sexta-feira (13), à espera da visita da presidente Dilma Rousseff ao Recife.
Os moradores são comunidade Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca (região metropolitana do Recife), e cobram moradias. Segundo os manifestantes, 280 famílias moram em um terreno invadido de uma usina, mas que teve mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça.
Policiais do Batalhão de Choque e da Guarda Municipal fizeram um cordão de isolamento para evitar a aproximação dos manifestantes ao palco montado pela prefeitura para recepcionar a presidente e sua comitiva.
Ao chegarem, impediram o acesso de carro ao palco montado para a inauguração parcial da Via Mangue, que contará com a participação de Dilma. Mas, em seguida, após negociação com seguranças da Presidência, aceitaram permanecer de lado, sem atrapalhar a chegada dos veículos.
Após reunião com um representante do governo federal, o grupo deixou a entrada da Via Mangue e aguarda agora uma reunião para discutir o problema.
À noite, ao lado do ex-presidente Lula, vai ao encontro estadual do PT.
Vaias
Em evento mais cedo em Brasília, a presidente disse em discurso que não vai se “perturbar com agressões verbais” nem se “atemorizar com xingamentos que não podem sequer ser escutados pelas crianças e pelas famílias”. Ela disse ainda que nem a tortura a tirou "de seu rumo".
Isso ocorre um dia após ela ter sido hostilizada na abertura da Copa do Mundo em São Paulo.
No jogo de ontem do Brasil x Croácia, torcedores entoaram xingamentos à presidente em quatro momentos. Em um deles, podia se ouvir: “Ei, Dilma, vai tomar no c...”.
“Quero dizer para vocês que não vou me deixar perturbar por agressões verbais, (...) não vou me deixar atemorizar com xingamentos que não podem sequer ser escutados pelas crianças e pelas famílias”, afirmou ao participar da cerimônia de inauguração de parte de um corredor expresso de ônibus no Distrito Federal.
A petista lembrou ainda da época em que foi presa política durante a ditadura militar e afirmou que nem tortura física a que foi submetida a tirou do seu rumo.
“Aliás, na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade, situações que chegaram ao limite físico, eu suportei agressões físicas, suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo, dos meus compromissos, nem do caminho que tracei para mim mesma”, disse.
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