Pepe diz que pode assumir SDH, mas nomeação depende de anúncio oficial
O ex-ministro Pepe Vargas (PT) afirmou na tarde desta quarta-feira (8) que está à disposição da presidente Dilma Rousseff (PT) para assumir a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, mas ressaltou que o cargo depende da nomeação oficial da petista.
O petista iniciou o anúncio à imprensa dizendo que recebeu o convite de Dilma para assumir a SDH no lugar de Ideli Salvatti (PT), horas depois de a notícia sobre a troca de ministros já ter circulado na imprensa.
“A presidenta Dilma me convidou para ir para a Secretaria de Direitos Humanos e eu coloquei para a presidenta que poderia ajudar o seu governo, o Brasil e o povo através do meu mandato na Câmara, mas a presidenta insistiu, querendo que eu permanecesse na sua equipe", disse Pepe.
No entanto, após receber um telefonema, Pepe mudou o tom e passou a afirmar que tem condições de assumir o cargo, mas que sua nomeação depende de uma nota ou anúncio oficial de Dilma, o que ainda não ocorreu. Ele alegou que o telefonema recebido é assunto pessoal.
“A presidenta não confirmou essa questão da SDH, não houve comunicado oficial. O que eu digo é que, se ela quiser me convidar para sua equipe, eu aceito o convite”, declarou Pepe após o telefonema.
A assessoria de imprensa da Presidência ainda não confirmou se o petista irá assumir a SDH. Se a nomeação se confirmar, será a terceira pasta ocupada por ele no governo da presidente Dilma. Pepe, que é deputado federal pelo Rio Grande do Sul, já comandou a articulação política e o Ministério de Desenvolvimento Agrário.
Ontem, ele deixou a Secretaria das Relações Institucionais, que comanda as negociações entre o Executivo e o Congresso Nacional após a presidente transferir suas atribuições para o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). O peemedebista assumiu a articulação política do governo após a tentativa frustrada de Dilma de colocar Eliseu Padilha (PMDB) na vaga, que era ocupada por Pepe desde o início do ano.
Pepe também avaliou que sua atuação à frente da articulação política foi boa e que o governo obteve vitória em 75% das disputas no Congresso. "É inegável que em algumas matérias houve um ruído forte entre as posições do PMDB e do governo. É também evidente que esse ruído desorganiza e desestabiliza a base", reconheceu.
O ex-ministro afirmou que, apesar de ter sido informado de sua demissão pela imprensa, não está magoado. "Fiquei sabendo pela imprensa e liguei para presidenta e ela foi respeitosa. Eu acredito que ela trabalha da melhor forma possível." Ele também desejou sucesso ao vice-presidente na articulação política.
A ida de Pepe para a Secretaria de Direitos Humanos seria a mesma solução encontrada por Dilma Ideli em março do ano passado, quando a petista deixou a articulação política para ir para SDH. Na época, quem assumiu a negociação com o Congresso foi o também petista Ricardo Berzoini, que atualmente comanda o Ministério das Comunicações.
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