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Governo está na linha de saída, não na de chegada, diz Dilma ao anunciar pacote

Do UOL, em Brasília

09/06/2015 12h16Atualizada em 09/06/2015 12h58

A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu, nesta terça-feira (9), o atual modelo de concessões de obras de infraestrutura adotado pelo governo, as medidas do ajuste fiscal e mandou um recado aos críticos durante o lançamento de um pacote de concessões avaliado em R$ 198,4 bilhões. “Nosso governo não é de quatro meses, mas de quatro anos. E, portanto, estamos na linha de saída e não na reta de chegada”, afirmou a presidente.

Para a presidente, o lançamento do pacote de concessões é uma “virada de página”.  “Estamos anunciando uma progressiva virada de página. Virada gradual e realista para mostrar que se são grandes as dificuldades, maiores são a energia e a disposição do povo brasileiro e de seu governo de fazer nosso país seguir em frente”, disse a presidente.

O lançamento do pacote de concessões é tido como uma tentativa do governo de implantar uma “agenda positiva” em meio à crise econômica e política.

Dilma voltou a dizer que as medidas anticíclicas tomadas durante o agravamento da crise econômica internacional “chegaram a um limite” e saiu em defesa do ajuste fiscal implementado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ela, os ajustes, criticados internamente por alas do próprio PT, são necessários para que o país volte a crescer economicamente.

“Nossas políticas anticíclicas chegaram a um limite (...) Fazemos ajustes para crescer, e, simultaneamente, lançamos programas ambiciosos na área de infraestrutura e social. Mas hoje é o dia da infraestrutura”, disse a presidente.

A presidente afirmou que os modelos de concessão utilizados pelo governo para viabilizar o pacote anunciado nesta terça-feira deverão garantir “serviços de qualidade e preços justos” e “remuneração adequada aos concessionários”, afirmou. A declaração é vista como uma resposta ao “ceticismo” com o qual investidores viam o pacote antes do seu anúncio

Ainda em seu discurso, Dilma criticou políticos de oposição que acusaram a presidente de não ter tido um plano de investimento em infraestrutura durante seu primeiro mandato. “Algumas pessoas dizem que o governo não tinha um programa de investimento em infraestrutura. Se nós não tivermos um programa em infraestrutura, não houve nenhum programa de investimento anterior a nós”, disse.